Dados do Trabalho
TÍTULO
APENDICE CECAL ENCARCERADO, UM CASO ATIPICO.
INTRODUÇÃO
A presença do apêndice cecal (sem complicações) dentro do saco herniário inguinal é uma ocorrência rara. Na literatura a incidência está ao redor de 1 a 2%. Mais raro e excepcional é a ocorrência de caso de apêndice complicado com apendicite aguda dentro do saco herniário. Na literatura esta incidência varia entre 0,13 e 0,1%. Metodologia: Pesquisa ativa na base de dados Pubmed e análise de prontuário. Objetivo: Relatar caso raro de apêndice cecal encarcerado.
RELATO DE CASO
Paciente do sexo masculino, 57 anos, agricultor, natural e procedente de Coari-AM, procurou o ambulatório de cirurgia geral queixando-se de abaulamento inguinal à direita há cinco anos, apresentando dor local aos exercícios físicos há seis meses. Ao exame físico apresentava abaulamento inguinal à direita durante manobra de Valsalva e, à manobra de Landivar, notava-se hérnia indireta. Após a inguinotomia para a realização de herniorrafia, durante a dissecção e abertura do saco herniário oriundo do anel inguinal interno, evidenciou-se a presença do apêndice cecal no seu interior, aderido ao saco. Realizada apendicectomia e herniorrafia, paciente evoluiu sem intercorrências no pós operatório.
DISCUSSÃO
Os casos de apendicite aguda em saco herniário têm sido descritos em pacientes com idade variando entre três semanas e oitenta e oito anos. O diagnóstico desta enfermidade é feito sempre na mesa de cirurgia durante o ato operatório. Nos casos com complicação em apendicite aguda, o paciente apresenta quadro de abdome agudo e o diagnóstico diferencial é feito com hérnia encarcerada e/ou estrangulada. Nos casos com apêndice normal não se recomenda a apendicectomia, apenas a redução da víscera e tratamento do saco herniário, porém, como houve laceração da parede anterior do apêndice na abertura do saco herniario, procedeu-se à apendicectomia. Já nos casos com apendicite aguda a literatura recomenda a apendicectomia através da inguinotomia e, quando não houver contaminação intra-cavitária, deve-se realizar o reparo da hérnia no mesmo tempo cirúrgico.
Área
URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS
Instituições
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA - Roraima - Brasil
Autores
MARLA MIKAELY DANTAS MEDEIROS, KÁCIO SILVA MOURÃO, MARCELLO SANTOS SILVA, GUSTAVO GONÇALVES OLIVEIRA, IGOR MOURA SOARES, CAMILA MARIA ROSAS LAGO