Dados do Trabalho


TÍTULO

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DA OCORRENCIA DE COLELITIASE E COLECISTITE NO BRASIL EM 5 ANOS

OBJETIVO

Esse trabalho tem como objetivo avaliar o perfil epidemiológico da ocorrência de de colelitíase e colecistite no Brasil nos últimos 5 anos.

MÉTODO

Trata-se de um estudo ecológico, descritivo realizado com base na consulta de dados secundários do Sistema de Informação Hospitalar (SIH), colhidos no DATASUS, no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2018.

RESULTADOS

Com base nos dados coletados, percebeu-se que houve um total de 1.287.682 internamentos por colelitíase e colecistite, sendo destes 541.178 (42%) em caráter de urgência e o restante de caráter eletivo. Com relação às regiões do país, a região Sudeste apresentou o maior índice de internações, foram 512.152 casos. A segunda região com mais casos é a região nordeste com 312.443, seguido da região sul com 249.700, Centro-Oeste com 113.223 e, por último, região Norte com 100.164 casos. Com relação à faixa etária, a que apresentou maior incidência de casos foi entre 40 a 49 anos, com significativos 255.106 casos, ou seja, 19,8% do total. Outras faixas etárias apresentaram valores menores, porém, ainda, significativos, como: entre 30 e 39 anos, com 253.783 casos e de 50 a 59 anos com 251.154 casos. O restante dos casos está distribuido entre as demais faixas etárias. Levando-se em conta o sexo da população neste intervalo de tempo, temos um total de 293.646 casos do sexo masculino e 994.036 do sexo feminino. Vale ressaltar que não houve qualquer ano em que os números de casos em homens superassem o do sexo oposto. 2018 foi o ano com maior número de internações. Considerando a cor/raça, no intervalo de tempo considerado, dos indivíduos, observa-se uma maior incidência na população branca com um total de 472.347 dos registros. Em seguida encontra-se a população parda com 443.980. Na população negra, vemos um total de 38.283. 24% da cor/raça não foi informado. Levando-se em conta o regime de internações, vemos a prevalência do regime privado no país. Vale lembrar que 64,5% dos casos foram ignorados quando considerado o regime como critério classificador. Tendo em vista o valor dos serviços hospitalares, temos no Brasil, registrado o valor total de 1.038.829.824,99 reais nesse intervalo de tempo, sendo 40,5% do gasto na Região Sudeste, e logo em seguida temos a Região Nordeste com 23,5% dos gastos totais. Do total gasto pelo Sudeste, 51,7% correspondem ao estado de São Paulo, e apenas 5% é fruto do estado do Espirito Santo.

CONCLUSÕES

Entre as regiões brasileiras, a de maior prevalência é a região Sudeste e a de menor é a regiao Norte. Deve-se notar também que o sexo feminino possui um maior predomínio sobre o masculino. Outro fato importante que pode ser destacado é em relação ao caráter de urgência que correspondeu a 89,6% das internações, mostrando a necessidade de um diagnóstico de forma mais precoce. Essas informações devem servir como base para que se desenvolvam estratégias que possam diminuir essas ocorrências.

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

Centro Universitário Tiradentes - Alagoas - Brasil

Autores

João Paulo Santos Correia, Marina Ganem, Arthur Linnieker, Priscila Almeida, Pedro Mansur, Ewerton Soares, Tiago Tenório, Ana Carolina Pastl Pontes