Dados do Trabalho
TÍTULO
COLECISTECTOMIA LAPAROSCOPICA POR PORTA UNICA / LESS (ALTERNATIVA TECNICA) POR MEIO DE OPTICA COM CANAL OPERATORIO
OBJETIVO
O método LESS (Cirurgia por acesso único) tem despertado maior interesse a medida que proporciona melhores resultados cosméticos e a possibilidade do uso de instrumentos laparoscópicos amplamente disponíveis e com os quais o cirurgião já está habituado. Este estudo apresenta a nossa experiência inicial com a colecistectomia LESS, utilizando óptica com canal operatório, consolidando tática diferente daquelas divulgadas na literatura. Com objetivo de mostrar a aplicação de técnicas cada vez menos invasivas
MÉTODO
Foram estudados, retrospectivamente, 50 pacientes submetidos à Colecistectomia LESS por meio de óptica com canal operatório. Todos os casos foram operados pela mesma equipe, no Hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte, MG, entre junho/2010 a junho/2012. As indicações para a colecistectomia foram colelitíase sintomática (n=43), colelitíase assintomática (n=5) e colecistite aguda (n=2). Foram excluídos os pacientes com IMC > 30 kg/m2, operação prévia em abdome superior e risco cirúrgico elevado (ASA > II). Considerou-se como dor pós-operatória a ocorrência deste sintoma naqueles pacientes que necessitaram de analgésico opióide e/ou analgesia endovenosa a partir do segundo dia pós-operatório. Considerou-se como conversão a necessidade de laparotomia, colecistectomia laparoscópica clássica ou de gestos laparoscópicos por trocarte adicional
RESULTADOS
O tempo cirúrgico médio foi de 65 minutos, variando de 25 minutos a 120 minutos. A permanência hospitalar média de 24 horas, variando de 14 horas a 2 dias. A colecistectomia foi concluída pela técnica proposta em 48 pacientes (96%). Em apenas 2 casos (4%) foi necessária conversão para outra técnica operatória. A maioria dos pacientes não apresentou complicações pós-operatórias (88%). Seis pacientes (12%) apresentaram critérios de dor pós-
operatória. O retorno às atividades profissionais ou em condições para reassumi-la deu-se em até sete dias após a operação em 42 pacientes (84%). Quatro pacientes (16%) necessitaram entre 8 e 14 dias para regressarem às atividades profissionais
CONCLUSÕES
Os cirurgiões continuam desenvolvendo a cirurgia minimamente invasiva, buscando um menor estresse fisiológico, recuperação mais rápida e melhores resultados estéticos. O acesso e o instrumental deste método, familiares ao cirurgião laparoscópico, são características adicionais que facilitaram a nossa motivação com o LESS, comparado com o NOTES. Concluímos então que a técnica descrita nesse estudo prescinde do terceiro pórtico da plataforma, propiciando amadurecer a ideia da criação de dispositivos menores para remoção de peças menos avantajadas, como a vesícula biliar, e ainda, viabiliza a promessa do LEES de melhores resultados cosméticos e menor trauma parietal.
Área
VIAS BILIARES E PÂNCREAS
Instituições
hospital madre tereza - Minas Gerais - Brasil
Autores
Gustavo Munayer Abras, Geraldo Jose Souza Lima, Guilherme Stival Candido, Lucas Alceu Ribeiro Lopes, Luiz Felipe Pimenta Nogueira Souza Lima, Luciano Ornelas Chaves Filho, Leonardo Vilas Freire Godoy, Thiago Augustus Blasco Silva