Dados do Trabalho


TÍTULO

TAXAS DE INTERNAÇAO POR FLEBITE, EMBOLIA E TROMBOSE VENOSA EM GOIAS: UMA ANALISE CRITICA RELATIVA AO PERIODO DE 2008 A 2017.

OBJETIVO

A flebite é uma inflamação aguda da veia, causando edema, dor, desconforto, eritema ao redor da punção e um “cordão” palpável ao longo do trajeto da veia. Já a embolia caracteriza-se pela presença de qualquer corpo estranho (êmbolo) sendo transportado pela corrente sanguínea, até que eventualmente, seja detido em vasos de menores calibres. Por fim, a trombose é o processo de solidificação dos constituintes normais do sangue, no interior do sistema cardiovascular, no animal in vivo. Este trabalho tem como objetivo analisar a tendência das séries temporais das taxas de Internações por Flebite, Embolia e Trombose Venosa (FETV).

MÉTODO

Trata-se de um estudo ecológico das séries temporais das Taxas de Internações por Flebite, Embolia e Trombose Venosa (FETV) em Goiás estratificado por sexo e por faixa-etária (FE), no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2017. Foram estratificadas quatro FE: até 25 anos, 25 a 39 anos, 40 a 59 anos e 60 anos ou mais. Os dados foram obtidos pelo Sistema de Internações Hospitalares (SIH-SUS) e pelas estimativas de população da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA). Para a análise temporal foi utilizado o método de Prais-Winsten, utilizando o pacote estatístico Stata, versão 13.0.

RESULTADOS

Foram analisadas 10931 internações, sendo 4381 referentes ao sexo masculino e 6550 ao sexo feminino. A FE com maior número de internações foi a de 40 até 59 anos com 4272 internações e a FE com menor número foi a de até 25 anos com 633 internações. As maiores taxas de Internações são do sexo feminino com taxa média de 20,56 internações/100.000 habitantes. O sexo masculino tem taxa média de 13,72 internações/100.000 habitantes. A FE com maior taxa de internação foi a faixa de 60 anos ou mais, com taxa média de 72,37 internações/100.000 habitantes. As tendências das taxas de internações por FETV foram estacionárias (p-valor > 0,05). As tendências das taxas de internações do sexo masculino e feminino também foram estacionárias, p-valor >0,05. Em relação às FE, a de 25 até 39 anos teve tendência crescente (b=1,54 e p-valor=0,004) enquanto todas as outras tiveram tendência decrescente (b<0 e p-valor<0,05).

CONCLUSÕES

A investigação ecológica apontou tópicos determinantes para o controle e vigilância dessas patologias vasculares no estado de Goiás. A análise dos dados traz que os grupos mais acometidos por FETV são mulheres e a incidência parece aumentar conforme aumenta a faixa etária, indicando grupos os quais necessitam de uma atenção maior em campanhas de conscientização e atividades de rastreio no estado. Alarmantemente a tendência em faixa etária de 25 a 39 anos é crescente, trazendo a necessidade de uma atenção maior a esta faixa etária que pode ser mais bem abordada por atividades de conscientização tanto para os afetados quanto para profissionais de saúde.

Área

CIRURGIA VASCULAR

Instituições

Universidade Federal de Goiás - Goiás - Brasil

Autores

Frank Luiz Pereira Carnesi, Lucas Henrique Souza de Azevêdo, Paulo Vitor Miranda Macedo de Brito, Marcus Vinicius Meneses da Silva, Itallo de Almeida Pinheiro, Jonatan Eduardo Silva, Kalley Santos Cavalcante, Ricardo Vieira Teles Filho