Dados do Trabalho


TÍTULO

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DA OCORRENCIA DE HERNIAS IGUINAIS NO BRASIL NOS ULTIMOS 5 ANOS

OBJETIVO

analisar o perfil epidemiológico dos casos de hérnias iguinais no Brasil nos últimos 5 anos.

MÉTODO

Trata-se de um estudo ecológico, descritivo realizado com base na consulta de dados secundários do Sistema de Informação Hospitalar (SIH), colhidos no DATASUS, no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2018.

RESULTADOS

Com base nos dados coletados, percebeu-se que houve um total de 686.977 hérnias inguinais, sendo destes 141.226 (20,5%) em caráter de urgência e o restante de caráter eletivo. Com relação às regiões do país, a região Sudeste apresentou o maior índice de internações, foram 269.661 casos, que representa 39,2% de todo país. A segunda região com mais casos é a região nordeste com 198.567, seguido da região sul com 117.073, Norte com 55.251 e, por último, região Centro-Oeste com 46.425 casos. Com relação à faixa etária, a que apresentou maior incidência de casos foi entre 50 a 59 anos, com significativos 122.326 casos, ou seja, 17,8% do total. Outras faixas etárias apresentaram valores menores, porém, ainda, significativos, como: entre 60 e 69 anos, com 121.139 casos e de 40 a 49 anos com 90.885 casos. O restante dos casos está distribuido entre as demais faixas etárias. Levando-se em conta o sexo da população neste intervalo de tempo, 582.363 foram no sexo masculino e 104.614 no sexo feminino. Vale ressaltar que não houve qualquer ano em que os números de casos em mulheres superassem o do sexo oposto. Em 2018 houve o maior número de internações, representando 20,6% do total de casos entre todos os anos. Considerando a cor/raça, no intervalo de tempo considerado, observa-se uma maior incidência na população parda com um total de 249.290 dos registros. Em seguida encontra-se a população branca com 33,8% dos relatos. Na população negra, vemos um total de 21.282 casos. 26,2% dos dados cor/raça não foram informados.
Levando-se em conta o regime de internações, vemos a prevalência do regime privado no país. Vale lembrar que 63,3% dos casos foram ignorados quando considerado critério como elemento classificador.
Tendo em vista o valor dos serviços hospitalares, temos no Brasil, registrado o valor total de 408.116.889,45 reais nesse intervalo de tempo, sendo 41% do gasto na Região Sudeste, e logo em seguida temos a Região Nordeste. Dos 167.297.395,74 reais arcados pela Sudeste, 51,7% correspondem ao estado de São Paulo.

CONCLUSÕES

Entre as regiões brasileiras, a de maior prevalência é a região Sudeste e a de menor é a região Centro-Oeste. Deve-se notar também que o sexo masculino possui um maior predomínio sobre o feminino. Com isso, é necessário que se busque entender quais as principais causas que levam ao predomínio considerável dessa enfermidade no sexo masculino e na região Sudeste. Essas informações devem servir como base para que se desenvolvam estratégias que possam diminuir essas ocorrências.

Área

PAREDE ABDOMINAL

Instituições

Centro Universitário Tiradentes - Alagoas - Brasil

Autores

João Santos Correia, marina ganem, arthur linnieker, ewerton soares, priscila almeida, pedro mansur, tiago tenório, Ana Carolina Pastl Pontes