Dados do Trabalho


TÍTULO

ANÁLISE DE 511 RECONSTRUÇÕES PRIMÁRIAS DO URETER NO URETER EM TRANSPLANTE RENAL: UM ESTUDO RETROSPECTIVO.

OBJETIVO

Analisar a frequência das complicações urológicas no transplante renal, correlacionando com as técnicas usadas para a reconstrução do ureter no serviço, considerando a utilização primária do ureter em anatomoses: uretero-ureteral termino lateral (UU-TL) e termino terminal (UU-TT). A anastomose vesical no serviço só é realizada quando há contra indicação para a utilização do ureter.

MÉTODO

Estudo de coorte retrospectivo, realizado no setor de transplante renal de um hospital terciário de Pernambuco. A coleta de dados foi realizada no período entre agosto de 2017 e março de 2018 e a amostra foi composta por pacientes adultos de ambos os sexos que foram submetidos a transplante renal no serviço de Transplante Renal do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) no período de janeiro de 2014 a junho de 2017, com total de 545 pacientes. Todos os eventos considerados para a pesquisa ocorreram em até 6 meses após a cirurgia e as informações foram extraídas do sistema de dados do serviço e do prontuário dos pacientes. Foram coletadas variáveis do doador, como idade e, em caso de doador falecido, a causa mortis; e do receptor, que incluíam idade, sexo, comorbidades, hábitos de vida, como tabagismo e etilismo, e a doença de base que levou ao transplante. Adicionalmente, foram incluídas as técnicas utilizadas para o transplante e o tempo de cirurgia, além das complicações sistêmicas e urológicas pós-cirúrgicas, dentre elas estenose, fístula e necrose do ureter. Os dados foram criteriosamente selecionados e mantidos em sigilo pelos pesquisadores. A pesquisa não ofereceu risco aos pacientes.

RESULTADOS

Foram analisados 545 pacientes, cuja idade média foi de 43.9 anos e prevalência do sexo masculino (58.5%). As anastomoses avaliadas foram ureterovesical (UV), ureteroureteral término-lateral (UU TL) e ureteroureteral término-terminal (UU TT). Ao todo, foram relatadas 34 complicações urológicas, a mais frquente a fístula (26.5%). No que se refere às anastomoses primárias, a UU TT apontou menor taxa de complicações (4.1%). Constatou-se que as complicações urológicas não se mostraram associadas estatisticamente ao tempo de isquemia total, contudo, apresentou associação significante com o tipo de anastomose.

CONCLUSÕES

No nosso serviço, a anastomose primária no ureter apresentou baixas taxas de complicação especialmente quando comparada com anastomoses vesicais.

Área

TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

Instituições

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira - Pernambuco - Brasil

Autores

Cristiano Souza Leão, Petrus Moura de Andrade Lima, Clarissa Soares Porto, Natália Nascimento d’Azevedo, Ângelo Silva Gomes, Maria Eduarda P Carneiro de Albuquerque, George Felipe Darce