Dados do Trabalho
TÍTULO
ANALISE EPIDEMIOLOGICA DA OCORRENCIA DE DOENÇA DE CROHN E COLITE ULCERATIVA NO BRASIL NOS ULTIMOS 10 ANOS
OBJETIVO
Esse trabalho tem como objetivo avaliar o perfil epidemiológico da ocorrência de doença de crohn e colite ulcerativa no Brasil nos últimos 10 anos.
MÉTODO
Trata-se de um estudo ecológico, descritivo realizado com base na consulta de dados secundários do Sistema de Informação Hospitalar (SIH), colhidos no DATASUS, no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2018.
RESULTADOS
Com base nos dados coletados, percebe-se que houve um total de 45.986 casos, sendo destes 37.045 em caráter de urgência e 8.927 em caráter eletivo. Com relação às regiões do país, a região Sudeste apresentou o maior índice de internações, foram 20.427 casos, que representa 44,4% de todo país. A segunda região com mais casos é a região sul com 9.476, seguido da região nordeste com 8.414, centro-oeste com 4.215 e, por último, região Norte com 3.454 casos. Com relação à faixa etária, a que apresentou maior incidência de casos foi entre 30 a 39 anos, com 6.976 casos, ou seja, 15,1% do total. Outras faixas etárias apresentaram valores menores, porém, ainda, significativos, como: entre 40 e 49 anos, com 6.863 casos e de 20 a 29 anos com 6.429 casos. O restante dos casos está distribuído entre as demais faixas etárias. Levando-se em conta o sexo da população neste intervalo de tempo, 24.645 foram no sexo feminino e 21.341 no sexo masculino. Vale ressaltar que não houve qualquer ano em que os números de casos em homens superassem o do sexo oposto. Em 2018 houve o maior número de internações, representando 10,5% do total de casos entre todos os anos. Considerando a cor/raça, no intervalo de tempo considerado, observa-se uma maior incidência na população branca com um total de 19.187 casos, 41,7% dos registros, seguida da população parda com 11.192 casos, da população negra com um total de 1.276 casos, da amarela com 363 casos e da indígena com 49 casos. 30,2% dos dados cor/raça não foram informados. Levando-se em conta o regime de internações, vemos a prevalência do regime público no país. Vale lembrar que 31,2% dos casos foram ignorados quando considerado critério como elemento classificador. Tendo em vista o valor dos serviços hospitalares, temos no Brasil registrado o valor total de 29.150.298,27 reais nesse intervalo de tempo, sendo 51,8% do gasto na Região Sudeste, seguida pela Região Sul (21%), Nordeste (16,5%), Centro-Oeste (6%) e Norte (4,5%). Dos 15.111.635,82 reais arcados pela região Sudeste, 62,5% correspondem ao estado de São Paulo.
CONCLUSÕES
Entre as regiões brasileiras, a de maior prevalência é a região Sudeste e a de menor é a região Norte. Com isso, é necessário que se busque entender quais as principais causas que levam a esse predomínio significativo dessa enfermidade na região Sudeste. Deve-se notar também que o sexo feminino possui um maior predomínio sobre o masculino. Essas informações devem servir como base para que se desenvolvam estratégias que possam diminuir essas ocorrências.
Área
COLOPROCTOLOGIA
Instituições
Centro Universitário Tiradentes - Alagoas - Brasil
Autores
João Paulo Santos Correia, marina ganem, arthur linnieker, priscila almeida, pedro mansur, ewerton soares, tiago tenório, Ana Carolina Pastl Pontes