Dados do Trabalho
TÍTULO
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS PACIENTES INTERNADOS COM HEMORROIDA NO BRASIL EM 5 ANOS
OBJETIVO
Esse trabalho tem como objetivo fazer uma avaliação epidemiológica dos pacientes internados por consequência da hemorroida nos estados brasileiros, em um período de 5 anos.
MÉTODO
Estudo ecológico, descritivo, com base nos dados do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS) entre 2014 e 2018.
RESULTADOS
Com base nos dados coletados, percebeu-se que houve um total de 137.146 internamentos por hemorroida, sendo destes 26.383 (19,3%) em caráter de urgência e o restante (80,7%) de caráter eletivo. Com relação às regiões do país, o Sudeste apresentou o maior índice de internações por hemorroida com 62.890 casos, que representa 45,8% de todo país. A segunda região com mais casos é a região Nordeste com 34.497 (25,15%), seguido da região Sul com 22.316 (16,3%), Centro-Oeste com 8.960 (6,5%) e, por último, o Norte, com 8.483 casos, representando apenas 6,2% do total de casos. Em relação à faixa etária, a que apresentou maior incidência de casos foi entre 40-49 anos com significativos 36.519 casos, ou seja, 26,6% do total. Outras faixas etárias apresentaram valores menores, porém, ainda, significativos, como: de 30-39 anos com 30.036 casos (21,9%) e entre 50-59 anos com 31.299 casos (22,8%). As faixas etárias com menores incidências foram: menor de 1 ano (10 casos), 1- 4 anos (73 casos), 5-9 anos (88 casos), 10-14 anos (203 casos) e mais de 80 anos (785 casos). As demais apontaram número de internações de: 2.105 entre 15-19 anos, 14.918 entre 20-29 anos, 16.299 entre 60-69 anos e 4.811 entre 70-79 anos. Tomando como base o sexo, as mulheres apresentaram maior incidência com 79.199 internações, cerca de 60%, e os homens apresentaram índice de 57.497. No que se diz respeito às raças, a branca e a parda apresentaram índices maiores, com 53.209 e 46.282, respectivamente. As outras apresentaram índices inferiores, como por exemplo: negra com 4.490, amarela com 2.266 e indígena com 41. O restante não foi informado.
CONCLUSÕES
Entre as regiões brasileiras, a de maior prevalência é a região Sudeste e a de menor prevalência é a região Norte. Pode-se notar também a maior ocorrência em mulheres. Com isso, é necessário que se busque entender quais as principais causas que levam a esse predomínio significativo dessa enfermidade no sexo feminino (cerca de 60%) para que, a partir dessas informações, se desenvolvam estratégias que possam diminuir essas ocorrências.
Área
COLOPROCTOLOGIA
Instituições
Centro Universitário Tiradentes - Alagoas - Brasil
Autores
Marina Monteiro, João Paulo Correia, Tiago Tenório, Arthur Linnieker, Priscila Almeida, Ewerton Soares, Pedro Mansur, Ana Carolina Pastl