TÍTULO

LINFEDEMA CRONICO ASSOCIADO A MIIASE

INTRODUÇÃO

A prevalência da filariose linfática vem aumentando em países de clima tropical e subtropical, principalmente pela expansão de urbanização não planejada em muitas áreas endêmicas. É crucial frisar que o termo filariose linfática reúne filarioses brugia e bancroftiana, e podem evoluir com um quadro de difícil controle e de relevância tanto no âmbito social como no prognóstico clinico destes.

RELATO DE CASO

SJRJ, 52 anos sem comorbidades apresentando linfedema crônico de grande extensão em membro inferior esquerdo, associado a lesão ulcerada de odor fétido e miíase, secundário à erisipela, evoluindo com febre e mal estar generalizado. Aos exames da admissionais apresentou leucocitose de 13530, parecer da cirurgia vascular paciente apresentava úlcera maleolar lateral com infestação larval , apresentando pulsos distais presentes e de boa perfusão, sendo liberado para acompanhamento ambulatorial, realização de desbridamento cirúrgico. Com início de terapia antimicrobiana com ciprofloxacino e clindamicina, sem melhora do quadro após 10 dias. A cultura evidenciou proteus mirabilis sensível a Amicacina, sendo realizada durante 7 dias evoluindo com melhora do quadro.

DISCUSSÃO

Os dados acima refletem a importância de conduzir o paciente portador de linfedema crônico perante à necessidade de aconselhamento por parte dos profissionais de saúde, a identificação das espécies envolvidas como forma de conhecer o histórico e o potencial patogênico destas infestações. Vale ressaltar, que o parasito não interfere na possibilidade de ocorrência de linfedema primário, além da necessidade de cuidados em locais onde há condições precárias de higiene e, principalmente, em populações de baixa renda visando a obtenção de resultados satisfatórios no tratamento, evitando assim os riscos de sequelas indesejáveis que prolongam tanto o tratamento quanto a recuperação, aumentando o tempo de permanência dos pacientes nos hospitais.