TÍTULO

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DA OCORRENCIA DE ILEO PARALITICO E OBSTRUÇAO INTESTINAL SEM HERNIA NO BRASIL EM 5 ANOS

OBJETIVO

Esse trabalho tem como objetivo fazer uma avaliação do perfil epidemiológico da ocorrência de ileo paralítico e obstrução intestinal sem hérnia no Brasil nos últimos 5 anos.

MÉTODO

Trata-se de um estudo ecológico, descritivo realizado com base na consulta de dados secundários do Sistema de Informação Hospitalar (SIH), colhidos no DATASUS, onde foram coletadas informações referentes ao período de janeiro de 2014 a dezembro de 2018.

RESULTADOS

Com base nos dados coletados, percebeu-se que houve um total de 182.093 internações devido a essa afecção, sendo destes 163.464 (89,6%) em caráter de urgência e o restante (10,4%) de caráter eletivo. Com relação às regiões do país, a região Sudeste apresentou o maior índice de internações, foram 83.157 casos, que representa 45,6% de todo país. A segunda região com mais casos é a região nordeste com 40.798 (22,4%), seguido da região sul com 34.805 (19,1%), Centro-Oeste com 13.513 (7,4%) e, por último, região Norte com 9.820 casos, representando apenas 5,5% do total de casos do país. Com relação à faixa etária, a que apresentou maior incidência de casos foi entre 60 a 69 anos, com significativos 30.441 casos, ou seja, 16,7% do total. Outras faixas etárias apresentaram valores menores, porém, ainda, significativos, como: entre 70 e 79 anos, com 27.420 casos (15%) e de 50 a 59 anos com 26.211 casos (14,4%). O restante dos casos está distribuido entre as demais faixas etárias. Levando-se em conta o sexo da população neste intervalo de tempo, 97.467 foram do sexo masculino e 84.626 do sexo feminino. Vale ressaltar que não houve qualquer ano em que os números de casos em mulheres superassem o do sexo oposto. Agora, em relação a cor/raça, no intervalo de tempo considerado, observa-se uma maior incidência na população branca com um total de 71.137, 39% dos registros. Em seguida encontra-se a população parda com 54.205, 29,7% dos relatos. Na população negra, vemos um total de 6.209 casos (3,5%). 26,2% da cor/raça não foi informado.

CONCLUSÕES

Nota-se maior prevalência na região Sudeste, além da predominância de ocorrência no sexo másculo. Com isso, é necessário que se busque entender quais as principais causas que levam a esse predomínio nessas categorias.
Outro fato importante que pode ser destacado é em relação ao caráter de urgência que correspondeu a 89,6% das internações, mostrando a necessidade de um diagnóstico de forma mais precoce. Essas informações devem servir como base para que se desenvolvam estratégias que possam diminuir essas ocorrências.