Dados do Trabalho
TÍTULO
AVALIAÇAO DO MANEJO DE APENDICECTOMIA ENTRE RESIDENTES DE CIRURGIA GERAL E CIRURGIOES EXPERIENTES NA CIDADE DE JOINVILLE – SC
OBJETIVO
Avaliar o manejo de pacientes com apendicite submetidos a abordagem cirúrgica por residentes em comparação a médicos experientes.
MÉTODO
Trata-se de um estudo observacional prospectivo, longitudinal e descritivo. Os dados foram coletados por meio de análise de prontuário, sendo os dados organizados em tabelas descritivas contendo frequências absolutas, relativas, médias e desvios-padrão.
RESULTADOS
A maioria dos pacientes de ambos os serviços eram adultos jovens, do sexo masculino, com sinais e sintomas similares, porém no sistema público demoraram mais tempo entre o início dos sintomas e a realização do diagnóstico, alguns tiverem cirurgia adiada por falta de material e desenvolveram mais infecção de ferida operatória.Embora a taxa de conversão da técnica seja a mesma, no serviço publico ainda se realizam mais cirurgias abertas e tempo cirúrgico no serviço com residência médica foi maior.
CONCLUSÕES
Para que um residente em formação seja capaz de realizar cirurgias é necessário treino, a curva de aprendizagem precisa ser devidamente moldada na presença de um cirurgião mais experiente. Há necessidade de saber quem sao os pacientes que o residente está operando. Se ele for o mesmo que chega ao cirurgião experiente no atendimento privado e o índice de complicações for similar, não há porque não deixar que o residente tenha a oportunidade de operar sem o chefe em campo.
Neste estudo vimos que o paciente chega em ambos os serviços da mesma forma, porém o tempo de evolução da doença, o tempo para fazer o diagnostico e o tempo entre inicio dos sintomas até a cirurgia é significativamente maior no serviço público. Sabidamente, quanto mais tempo entre diagnostico e cirurgia, maior o risco de perfuração e complicações tanto intra como pós-operatórias. Justamente o que foi visto no estudo, o residente demora mais tempo para operar, pode ser por falta de aptidão ou experiencia, mas também por maior grau de evolução da doença e consequente dificuldade técnica. O mesmo motivo pôde-se justiçar pela presença de complicações no sistema publico. A complicação descrita significamente estatística foi elencada na literatura relacionadas principalmente com tempo de evolução da doença: infecção de ferida operatória.
Assim conclui-se que a apendicectomia tanto aberta com videolaparoscopia pode ser realizada pelo residente de cirurgia geral de forma segura e eficaz, desde que o chefe esteja presente elucidando e vindo auxiliar em caso de dificuldade técnica, seja ela por falta de experiência por pela afecção da doença.
Área
MISCELÂNEA
Instituições
Hospital Municipal São José - Santa Catarina - Brasil
Autores
Samuel Cristaldo Dominguez, Karina Luiza Zimmermann, Janaira Crestani Lunkes, Jorge Yukiyoshi Murata, Rafaelle de Oliveira Souza, Rodolfo Pacheco Quidá, Daniel Augusto Mauad Lacerda