Dados do Trabalho


TÍTULO

AVALIAÇAO DA REAL NECESSIDADE DO USO DE EXAMES DE IMAGEM NO DIAGNOSTICO DE APENDICITE AGUDA NA CRIANÇA

OBJETIVO

O presente estudo visa apresentar uma revisão sobre a real necessidade do uso de exames de imagem no diagnóstico da apendicite aguda na criança. Essa afecção cirúrgica é constituída como sendo a principal causa de abdome agudo cirúrgico a partir dos dois anos de idade, sendo o seu diagnóstico majoritariamente clínico, muitas vezes esses exames tornam-se desnecessários.

MÉTODO

Revisão narrativa produzida a partir da consulta às bases de dados Medline/Pubmed, Lilacs/Scielo, e seleção de artigos publicados entre 2009 a 2019. Descritores DeCS/MeSH: ?appendicitis?; ?diagnosis? e ?child? no idioma português, ingles e espanhol com a combinação do boleado “AND”. Dos 73 artigos, apenas 21 foram incluídos e 7 selecionados que respondiam a questão norteadora.

RESULTADOS

Todos os estudos analisados destacaram que apesar de todo o progresso nas técnicas de exames de imagem e de laboratório o diagnóstico de apendicite aguda na criança continua sendo um desafio na pratica da urgência pediátrica pelos sinais e sintomas muitas vezes inespecíficos. Ainda assim, o diagnóstico é principalmente clínico sendo, muitas vezes, o uso de recursos de imagem desnecessários ou mal-utilizados. Dois artigos destacaram que quando não se observa uma apresentação típica de apendicite ou quando não se pode excluir o diagnóstico clinicamente, deve-se fazer uso de exames de imagem, sendo a ultra-sonografia (USG) e a tomografia computadorizada (TC) os mais utilizados. Dessa forma, 3 artigos citaram a USG como exame de imagem de primeira escolha pela disponibilidade, baixo custo e sem radiação. Segundo Taylor (2016), caso não seja possível a visualização do apêndice na USG recomenda-se observar o paciente, realizando o exame físico seriado e repetindo a USG, o que reduz o número de crianças expostas à radiação da TC. Barahona (2009) alerta sobre o uso desnecessário da tomografia porque a radiação da TC de abdome equivale a de 250 radiografias, além de sua negatividade para apendicite aguda não descarta a suspeita diagnóstica. Em contrapartida, Seetahal (2010) afirma que o dilema dos diagnósticos negativos de apendicite é causado pelos riscos desnecessários e custos para o paciente e para a instituição.

CONCLUSÕES

Tendo em vista os aspectos observados nos artigos analisados para essa revisão, podemos entender que o diagnóstico da apendicite aguda na criança deve ser definido precocemente para o sucesso terapêutico. Segundo a literatura, deve haver uma mudança com o manejo do pacientes sobre a indicação de exames de imagem. Dessa forma, um bom exame clínico e o correto uso da ultra-sonografia é a melhor opção para o diagnóstico de apendicite aguda na criança.

Área

CIRURGIA PEDIÁTRICA

Instituições

Universidade Ceuma - Maranhão - Brasil

Autores

Maria Luiza Ibrahim Rocha Guimarães, Luiz Eduardo Luz Sant`Anna, Maria Eduarda Ibrahim Rocha Guimarães, João Marcos Ibrahim De Oliveira , Yanca Lacerda Alburquerque , Isadora Rosa Ibrahim, João Marcelo Garcez Alves