TÍTULO

EFICIENCIA DE CUSTO E BENEFICIO DA COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCOPICA VS CIRURGIA ABERTA ABERTA NO ESTADO DE SERGIPE

OBJETIVO

Obter informações locais sobre o custo de ambas as técnicas por meio de uma avaliação econômica dos gastos em internações hospitalares e media de permanência, para comparação de custos diretos e a efetividade.
Comparar taxas de mortalidade de servicos que utilizam abordagem laparoscopica com servicos que utilizam a tecnica aberta.

MÉTODO

Os critérios de inclusão foram pacientes internados para colecistectomia eletiva ou de emergência, de qualquer idade, gênero e gravidade em seu estado de saúde ao entrar no hospital de janeiro de 2015 a dezembro de 2018. Foram avaliados os dados de AIH, Internamentos, Gasto Médio e Tempo de Permanência, no sistema DATASUS, do ministério da Saúde. Além disso, os dados complementares que foram fornecidos pelos diferentes setores de atendimento foram nominados A, B, C e D, em concordância com termos éticos para coleta de dados fornecidos pelas instituições. Os pacientes advindos de serviços que utilizam videolaparoscopia foram comparados diretamente com os pacientes dos serviços que utilizam apenas cirurgia aberta. As principais medidas de desfecho foram: número de internamentos, mortalidade, tempo de internação, duração e custos diretos. Variáveis contínuas foram descritas usando média e desvio padrão, e variáveis categóricas, utilizando frequências. A análise bivariada foi realizada por meio dos testes qui-quadrado e t de Student, com nível de significância de 5%.

RESULTADOS

Foram incluídos 3617 pacientes no estudo, dos quais 1715 (58,5%) foram operados em setor A, que utiliza exclusivamente videolaparoscopia, 748 em setor B que utiliza a técnica aberta ou laparoscópica, 795 no setor C que utiliza pela técnica laparoscópica e 359 em setor D, que utiliza a técnica laparoscópica e aberta. O custo médio por dia de internação hospitalar, incluindo despesas com a equipe medica, teve media em 4 anos de R$754 no Setor A, R$746 no Setor B, R$862 no Setor C, e R$957 no setor D. O tempo médio de internamento foi de 1,5 dias ao longo de 4 anos, no Setor A, de 2,2 dias no Setor B, de 7.9 dias no setor C e de 3.8 dias no Setor D. Existe significância estatística (p<0,05) entre o valor total gasto em relação a media estimada pelo tempo de permanência, entre os serviços que incluem a laparoscopia e os serviços que não incluem a laparoscopia. A mortalidade observada foi no Servico A de 0,35 em 4 anos, no Servico B de 0,4, no Servico C de 6,96 e no Servico D de 0,88. Os valores apresentam significância estatística (p<0,01) comparando a técnica aberta com a técnica laparoscópica.

CONCLUSÕES

O hospital que apresentou melhor desempenho em custo-beneficio foi o Servico A, com técnica laparoscópica exclusiva. Embora a videocolecistectomia apresente maiores gastos com equipe medica, material, e exija investimentos em infra-estrutura local além da formação técnica do cirurgião, o beneficio para os pacientes esteve refletido nos menores custos totais e na redução da taxa de mortalidade.