Dados do Trabalho
TÍTULO
PERFIL DEMOGRAFICO DOS PACIENTES CIRURGICOS ATENDIDOS NOS PRIMEIROS 6 MESES DE FUNCIONAMENTO DE AMBULATORIO DE PRIMEIRAS CONSULTAS CIRURGICAS (PRIMER)
OBJETIVO
Nosso objetivo é de traçar características demográficas dos pacientes encaminhados pela rede pública para o Ambulatório de Primeiras Consultas Cirúrgicas (PRIMER) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) nos primeiros seis meses de funcionamento do mesmo a fim de compreender as particularidades sócio-culturais e otimizar manejo, recursos e seguimento.
MÉTODO
Estudo transversal de revisão de prontuários dos pacientes atendidos no ambulatório PRIMER desde sua implementação (06 de julho de 2018) até 25 de janeiro de 2019. A análise estatística foi descritiva.
RESULTADOS
Em 6 meses de ambulatório, foram marcadas 303 consultas e 35 não compareceram (11,8%). As patologias mais frequentes foram relacionados a parede abdominal G1 - (37,1%), vias biliares (G2- 37,1%) e partes moles (G3- 17,6%). Em 86,1% dos casos o tratamento foi considerado cirúrgicos e encaminhado a equipe adequada. Dos 267 pacientes atendidos, 55,1% eram do sexo masculino e a média de idade foi de 52,6 anos. As principais comorbidades foram HAS (38,6%), tabagismo (19,7%) e DM (13,3%). 94,7% possuíam patologias benignas, 2,3% suspeitas de malignidade e 2,6% indefinidas. Por grupo, G1: 77,8% homens e a média de idade foi de 56,8 anos e mediana de 59 anos. 11% apresentava diagnóstico de DM, 38,4% de HAS e 12,1% história de cardiopatia isquêmica. 20,2% era tabagista ativo e 37,4% apresentava história de tabagismo no passado. De acordo com protocolo institucional, 21,2% necessitava de avaliação pré-anestésica com anestesiologista(APA) e em 39,4% não houve necessidade de exames adicionais. Após encaminhados para consulta com equipe adequada, 8,8% não compareceu à consulta, perdendo seguimento. G2: 27,3% homens e a média de idade foi de 52,1 anos e mediana de 51,5. 18,2% apresentava diagnóstico de DM. 45,5% HAS e 5,5% história de cardiopatia isquêmica. 18,2% era tabagista ativo e 12,1% apresentava história de tabagismo no passado. 18,2% necessitava de APA e em 47,5% não houve necessidade de exames adicionais. Após encaminhados para consulta com equipe adequada, 3,3% não compareceu à consulta, perdendo seguimento. G3: 68,1% homens e a média de idade foi de 43,3 anos e mediana de 40. 10,6% apresentava diagnóstico de DM. 9,8% HAS e 6,4% história de cardiopatia isquêmica. 27,7% era tabagista ativo e 21,3% apresentava história de tabagismo no passado. 59,6% dos casos foram possuíam indicação de tratamento cirúrgico, 21,3% pacientes necessitava maior investigação para definição. 2,1% necessitava de APA e em 63,8% não houve necessidade de exames adicionais. Após encaminhados para consulta com equipe adequada, 10,6% não compareceu à consulta e 4,3% não compareceu à cirurgia, perdendo seguimento. Há diferenças estatisticamente significativas com p< 0,001 entre os grupos.
CONCLUSÕES
Há marcada diferença entre as populações, tanto no que concerne comorbidades quanto sexo e idade de acordo com a patologia que leva os pacientes a procurar atendimento.
Área
MISCELÂNEA
Instituições
UFRGS - Rio Grande do Sul - Brasil
Autores
Leonardo Heckman, Tiago Lima de Castro, Jefferson Kunz, Milena Lemos de Oliveira, Danielle C Tomasi, THAMYRES ZANIRATI, Jeferson K de Oliveira, Leandro Totti Cavazzola