Dados do Trabalho


TÍTULO

AVALIAÇAO DA MORTALIDADE MEDIA POR NEOPLASIA MALIGNA DE PANCREAS NO NORDESTE ENTRE 2014 E 2018: UM ESTUDO EPIDEMIOLOGICO

OBJETIVO

Busca-se o levantamento de mortes pela doença no Brasil, no Nordeste e nos estados dessa região, relacionando as taxas de mortalidade ajustadas por gênero entre 2014 e 2018. A neoplasia maligna de pâncreas é um câncer com letalidade aproximada de 100%, com cerca de 80% dos casos já inoperáveis ou com metástases, acarretando um prognóstico reservado. Um dos principais fatores desencadeantes da doença é o tabagismo. Por isso, pretende-se compreender o perfil de mortalidade entre os estados da região Nordeste, discriminando onde e qual a população mais sujeita ao risco de morte por essa neoplasia.

MÉTODO

Estudo epidemiológico transversal, retrospectivo, observacional e descritivo fundamentado nos dados coletados no programa TABNET do portal DATASUS do Ministério da Saúde. Foram avaliados dados de mortalidade por neoplasia maligna de pâncreas no país, na região Nordeste e entre seus estados entre 2014 e 2018, estratificando os valores por gênero.

RESULTADOS

Em 2018, foram verificados no Brasil 12.236 óbitos por neoplasia maligna de pâncreas, com taxa de mortalidade de 25,83/1000 pessoas. No Nordeste, esse número foi de 1849 óbitos, representando 15% do total. A taxa de mortalidade no Nordeste por essa doença é e 24,79, variando entre 18,83 e 42,54, sendo 25,41 entre os homens e 24,23 entre as mulheres. Em ordem decrescente, a taxa de mortalidade dos estados entre 2014 a 2018 encontra-se: Sergipe (42,54), Maranhão (30,90), Piauí (29,60), Paraíba (28,75), Bahia (27,48), Alagoas (25,94), Ceará (21,06), Pernambuco (20,36) e Rio Grande do Norte (18,83). Em relação aos gêneros, as maiores taxas de mortalidade masculina e feminina foram em Sergipe, correspondendo a 41,24 e 44,05, respectivamente, enquanto as menores taxas foram no Rio Grande do Norte para a população masculina, correspondendo a 17,41, e na Bahia para a população feminina, correspondendo a 19,55. Assim como a média da região Nordeste, as taxas de mortalidade ajustadas por estado da população masculina foram superiores às da população feminina em apenas 4 (44,4%) estados: Maranhão, Ceará, Pernambuco e Bahia, sendo as taxas de mortalidade feminina superiores às taxas masculinas nos demais 5 estados.

CONCLUSÕES

Nota-se que as taxas de mortalidade do Brasil e da região Nordeste são próximas, ratificando a gravidade e letalidade da doença. Entre os estados que compõem a região Nordeste, percebem-se disparidades significativas entre as taxas de mortalidade, com estados possuindo mortalidade dobrada em relação a outros. Também se notou que 5 estados apresentaram mortalidade feminina maior, contudo, através da média com os outros 4 estados do Nordeste, a mortalidade masculina prevaleceu na região como um todo.

Área

MISCELÂNEA

Instituições

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ - Paraíba - Brasil

Autores

AMANDA MORIMITSU, CAIO CÉSAR VAZ LACET GONDIM