Dados do Trabalho


TÍTULO

TAXA DE CONVERSÃO DA COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA PARA O MÉTODO CONVENCIONAL

OBJETIVO

A colecistectomia corresponde a um dos procedimentos mais realizados ao redor do mundo. A técnica videolaparoscópica é considerada como “padrão ouro” frente às vantagens da técnica convencional, ou aberta. Essa técnica não é isenta de riscos sendo as vezes necessário a conversão, sendo relatado na literatura um percentual de 5 a 10% desse tipo de atitude, devido a fatores inerentes ao procedimento cirúrgico. Nosso estudo tem por objetivo avaliar os motivos das conversões de técnica frente aos pacientes internados para procedimento eletivo de colecistectomia por videolaparoscopia.

MÉTODO

Levantamento histórico dos pacientes internados em caráter eletivo, encaminhados do ambulatório de cirurgia geral, para procedimento cirúrgico de colecistectomia por videolaparoscopia, internados no Hospital Estadual Vila Alpina, SECONCI-OSS, no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2018, que tiveram conversão para método aberto, avaliando-se as indicações, prevalência quanto ao sexo e conduta adotada para resolução do problema.

RESULTADOS

Foram internadas para colecistectomia por videolaparoscopia eletiva no período estudado 1431 pacientes, sendo 748 (52,3%) em 2017 e 683 (47,7%) em 2018, prevalecendo o sexo feminino em 62,5%, com média de idade 63.6±16,6 anos. A indicação de conversão correspondeu a 12 pacientes (0,5%) sendo 7 (0,4%) por dificuldade de identificação das estruturas, 2 (0,1%) por vesícula escleroatrófica, 1 (0,06%) por Síndrome de Mirizzi, 1 (0,06%) por sangramento e 1 (0,06%) por lesão de via biliar. Dos casos onde houve mudança de procedimento 5 (0,3%) tiveram internação prévia por colecistite aguda, colangite e pancreatite aguda biliar, sendo que 4 (0,2%) realizaram colangiografia transpapilar com papilotomia e colocação de prótese biliar. O tempo médio de internação na mudança de procedimento foi de 7 dias.

CONCLUSÕES

A técnica laparoscópica é a técnica de escolha para o tratamento da colecistite calculosa. Nosso trabalho confirma a literatura quanto a dificuldade na identificação das estruturas decorrentes de aderências ou processo inflamatório crônico. A síndrome de Mirizzi quando diagnosticada no pré-operatório, em muitos casos, já indica de imediato a técnica aberta. Na literatura encontramos predominância de conversão no sexo masculino, o que contradiz nosso Serviço, onde prevaleceu o sexo feminino.

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

HOSPITAL ESTADUAL VILA ALPINA - SECONCI-OSS - São Paulo - Brasil

Autores

MÁRIO LUIZ QUINTAS, GABRIEL CADIDÉ MELO, MATHEUS SOARES BUISSA, BEATRIZ TEBALDI CARVALHO, NATHALIA SOUZA OLIVEIRA, MATHEUS ESTIDES RODRIGUES FARIA SOUZA, GUSTAVO LIMA NEVES, GUSTAVO GOMES QUINTAS