Dados do Trabalho
TÍTULO
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA APÓS TRANSPLANTE HEPÁTICO NO HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA: INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO
OBJETIVO
A incidência de trombose venosa profunda (TVP) varia entre 15% e 40% dos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos gerais sem profilaxia com anticoagulantes. No pós operatório de Transplante Hepático (TxH), a profilaxia química não é comumente utilizada, devido ao risco de sangramentos associados a coagulopatia inerente a estes pacientes. Recentemente estudos foram feitos e apontaram que cerca de 9% dos pacientes submetidos a TxH evoluiam com TVP. Além disso, esses estudos ainda sugerem a existência de fatores de risco como grandes variações de Razão Normalizada Internacional (INR) após TxH, diagnóstico prévio de TVP, infecções e uso de fatores de coagulação. O objetivo deste estudo foi mostrar a incidência de TVP em um centro transplantador e apontar possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de TVP após TxH.
MÉTODO
Analisamos retrospectivamente 89 transplantados hepáticos no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), entre janeiro de 2013 a dezembro de 2014. Foram identificados 9 pacientes com TVP após TxH confirmados por Ultrassonografia (USG) com compressão e com Doppler e foram seriados exames como bilirrubina total, creatinina (Cr), Transaminase Glutâmica Oxalacética (TGO), Transaminase Glutâmica Pirúvica (TGP), Tempo de Ativação da Protrombina (TAP) e INR a fim de estabelecer alguma relação causal.
RESULTADOS
Encontramos uma incidência de 10,11% (9/89) nos pacientes submetidos a TxH e uma mortalidade entre os pacientes com TVP de 33,33% (3/9). A faixa etária desses pacientes variou de 20 a 68 anos, houve uma maior frequência de diagnósticos de TVP em homens que em mulheres e um caso de Tromboembolismo Pulmonar (TEP).
CONCLUSÕES
O pequeno número de pacientes não nos permitiu identificar fatores de risco com significância estatística, porém a incidência se aproxima do encontrado na literatura, indicando que deve haver atenção especial quanto ao uso de profilaxia químicas após TxH. Dessa forma, é necessário o seguimento do estudo para identificar o perfil clinico ou laboratorial do paciente com risco aumentado para desenvolver TVP após TxH.
Área
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS
Instituições
Universidade Estadual do Ceará - Ceará - Brasil
Autores
Marcia Grazielly Souza Vieira , Ivelise Regina Canito Brasil, Letícia Fontenele Bezerra De Menezes, Herminia Moreira Coelho Da Costa