TÍTULO

RELATO DE CASO: ABSCESSO DO PSOAS E APENDICITE AGUDA

INTRODUÇÃO

OS ABSCESSOS DO PSOAS PODEM TER ORIGEM EM UMA FONTE ADJACENTE DE INFECÇÃO NA CAVIDADE ABDOMINOPÉLVICA, CONHECIDA COMO UMA COMPLICAÇÃO SECUNDÁRIA DA APENDICITE AGUDA. NO ENTANTO, É CONSIDERADO UM EVENTO MUITO RARO QUANDO OCORRE TARDIAMENTE APÓS A APRESENTAÇÃO DA APENDICITE.

RELATO DE CASO

PACIENTE DO SEXO FEMININO, 43 ANOS, SEM COMORBIDADES, QUE APRESENTAVA DOR ABDOMINAL ATÍPICA RECORRENTE HÁ CERCA DE 1 MÊS. A PACIENTE APRESENTOU-SE COM QUADRO DE CELULITE E FLICTEMAS EM REGIÃO GLÚTEA, FLANCO E RAIZ DA COXA DIREITA, APÓS TENTATIVA DE ANTIBIOTICOTERAPIA SEM RESPOSTA EFETIVA. A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA SUSPEITOU QUE APENDICITE FOSSE UMA POSSÍVEL CAUSA E EVIDENCIOU UM ABSCESSO RETROPERITONEAL QUE SE ESTENDIA AO LONGO DA SUPERFÍCIE SACROPÉLVICA DO ILÍACO ATÉ O TECIDO SUBCUTÂNEO .NA LAPAROSCOPIA, A PONTA DO APÊNDICE RETROPERITONEAL PERFURADO FOI ENCONTRADA COMUNICANDO-SE COM O ABSCESSO .A APENDICECTOMIA, A EXPLORAÇÃO DO ABSCESSO E A DRENAGEM CONTROLARAM A SEPSE GRAVE, PORÉM NÃO RESULTARAM EM CURA E A PACIENTE PRECISOU DE TERAPIA ANTIBIÓTICA DE AMPLO ESPECTRO E MAIS DUAS EXPLORAÇÕES AO LONGO DA INTERNAÇÃO, UMA DELAS PARA DRENAGEM DO ABSCESSO EXTENSO EM REGIÃO GLÚTEA DIREITA.

DISCUSSÃO

ESTE CASO NÃO REPRESENTA APENAS UMA MANIFESTAÇÃO INCOMUM DE APENDICITE AGUDA, MAS TAMBÉM NOS ALERTA PARA A IMPORTÂNCIA DE CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS QUANDO SE INTERPRETA A EXTENSÃO DA DOENÇA COM A IMAGEM. NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE ABSCESSOS GLÚTEOS OU NA PARTE SUPERIOR DA COXA, A RARA POSSIBILIDADE DE APENDICITE AGUDA PERFURADA COMPLICADA DEVE SER CONSIDERADA. A TAXA DE MORTALIDADE SÓ PODE SER REDUZIDA POR UM ALTO ÍNDICE DE SUSPEITA, DIAGNÓSTICO PRECISO E TRATAMENTO ADEQUADO.