Dados do Trabalho


TÍTULO

GASTRECTOMIA VESTICAL COMO INDUTOR DE REFLUXO GASTROESOFAGICO

INTRODUÇÃO

A DRGE é uma das mais importantes afecções digestivas, tendo em vista as elevadas e crescentes incidências, a intensidade dos sintomas e a gravidade das complicações; os sintomas típicos relatados pela maioria dos pacientes são pirose e regurgitação de conteúdo gástrico. São duas as causas do refluxo gastroesofágico (RGE): incompetência do esfíncter esofágico inferior e hérnia de hiato

RELATO DE CASO

O paciente em questão é do sexo feminino , 41 anos, submetido a gastrectomia vertical (Sleeve gástrico) há 4 anos. Iniciou a sintomatologia de refluxo gastroesofágico na terceira semana após o procedimento, com evolução para dieta pastosa. Paciente fez uso de tratamento farmacológico desde o POI embora não tenha feito mudanças comportamentais para a melhora da queixa. Cirurgias prévias: 1) Duas Cesárias; 2) Histerectomia. História familiar negativa para neoplasia. Etilista social( apenas nos fins de semana).Realizou Estudo Radiológico do Esôfago, Estômago e Duodeno (EREED) e Endoscopia Digestiva Alta (EDA) no dia (17/10/ 2017) que levaram ao diagnóstico de Esofagite Erosiva com refluxo até terço médio do esôfago (EREED).

DISCUSSÃO

O tratamento clínico tem como objetivo aliviar os sintomas, cicatrizar as lesões da mucosa esofagiana e prevenir o desenvolvimento de complicações. Atualmente as drogas de primeira escolha são os inibidores de bomba de prótons (IBP), que inibem a produção de ácido pelas células parietais do estômago, reduzindo a agressão do esôfago representada pelo ácido. Paciente fez uso de pantoprazol durante um mês no pós cirúrgico com retorno da sintomatologia após cessamento da medicação, voltando a fazer uso de forma continua durante três anos. Já o tratamento cirúrgico visa aproximar os pilares diafragmáticos (afastados quando existe a hérnia de hiato) e restabelecer a competência do esfíncter, circundando a extremidade inferior do esôfago com o fundo gástrico. A cirurgia foi realizada no Hospital São Rafael, na cidade de Salvado-BA, na data (21/10/2018) pelos cirurgiões Dr. Frederico Vila Henrique dos Santos e Dr. Euler de Medeiros Azaro Filho. Foi identificado aderências intrabdominais que foram desfeitas com tesouras ultrassônica, além da dissecção da membrana freno esofágica, dos pilares esofagianos direito e esquerdo dando acesso ao espaço retro cardia. Após identificado o alargamento do hiato esofágico foi feita a aproximação dos pilares com ethibond 2-0, em três pontos simples. Após o procedimento cirúrgico foi utilizando a manometria tradicional e observado que a pressão do esfíncter diminui após gastrectomia vertical devido à secção das fibras musculares na junção esofagogástrica após grampeamento do estômago próximo ao ângulo esofagogástrico . Levantaram a hipótese de que a falta de complacência gástrica pela remoção do fundo gástrico e ausência do ângulo esofagogástrico são responsáveis pelo aumento da DRGE um ano após a gastrectomia vertical.

Área

CIRURGIA DA OBESIDADE - METABÓLICA

Instituições

unime - Bahia - Brasil

Autores

frederico vila , julianna matos monteiro, kemylla machado souza, mannuella kateb silva