Dados do Trabalho
TÍTULO
RELATO DE CASO: HIPERPLASIA ESTROMAL PSEUDOANGIOMATOSA NODULAR GIGANTE DAS MAMAS
INTRODUÇÃO
Hiperplasia Estromal Pseudoangiomatosa Difusa (PASH) consiste em lesão proliferativa benigna da mama, rara, caracterizada pela existência de lagos pseudo-vasculares incrustados em grande proliferação do estroma mamário. Pode se apresentar, raramente, como
gigantomastia com ou sem massa palpável. É tipicamente diagnosticado em mulheres em idade fértil, sendo na maioria das vezes um achado histopatológico casual em espécimes cirúrgicos e biópsias mamárias realizadas por outra patologia. O principal diagnóstico
diferencial é angiossarcoma de baixo grau. O tratamento consiste em exérese cirúrgica da lesão com margem e, em alguns casos, mastectomia. O prognóstico é excelente, mas com risco de recorrência de 22%.
RELATO DE CASO
RJS, 28 anos, casada, procedente de BH, sem comorbidades, percebeu nódulos em mamas há cerca de dois anos, com crescimento
acentuado após gestação, principalmente da mama esquerda nos últimos 4 meses. O estudo mamográfico identificou esboços nodulares em mamas e presença de parênquima fibroglandular compatível com gigantomastia, sendo os mesmos achados da ecografia
mamária. Teve menarca aos 12 anos, G2P2A0, nunca fez uso de anticoncepcionais hormonais. Nega etilismo, tabagismo e história familiar de cancer de mama e ovário. Ao exame físico, aumento importante e disuso das mamas, prinicipalmente à esquerda, com
palpação de áreas nodulares bilaterais. Realizada biópsia por agulha grossa, cujo anatomopatológico evidenciou tecido mamário com edema estromal difuso, unidades lobulares de aspecto usual e ausência de malignidade. Diante dos achados, a paciente foi submetida à Mamoplastia Redutora Bilateral + Nodulectomia Bilateral em 06/2018. O anatomopatológico da cirurgia mostrou tartar-se de Hiperplasia Estromal Pseudoangiomatosa Difusa. Após 3 meses, paciente evolui com crescimento de mama direita sem nódulo palpável, sendo submetida novamente a nodulectomia em mama direita e mamoplastia redutora. Segue em acompanhamento com a Mastologia.
DISCUSSÃO
Por ter como diagnóstico diferencial o angiossarcoma e dada a importante deformidade anatômica e as altas taxas de recidivas do quadro em questão, faz-se necessário que a equipe médica assistente faça o correto e rápido diagnóstico, para que condutas mais conservadoras sejam a primeira escolha.
Área
GINECOLOGIA
Instituições
Hospital Regional de Taguatinga - Distrito Federal - Brasil
Autores
Marina Lima do Vale, Amilcar Alves Assis, Rafael Sanches Ferreira, Kailhany Alves Pinto, Abel de Castro Vieira, Mylena Kerolaine de Aquino Silva, Paula de Souza Pereira, karla de Sousa Correia