Dados do Trabalho
TÍTULO
DIVERTICULITE POR DIVERTÍCULO DE MECKEL: RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO
O Divertículo de Meckel (DM) é a anomalia congênita mais comum do trato gastrointestinal, atingindo cerca de 2% da população geral na proporção homem/mulher 2:1. A maioria dos pacientes apresenta-se assintomáticos durante toda a vida, porém estima-se que apenas 4 a 6% irão apresentar algum tipo de sintoma. A diverticulite aguda é encontrada em 13-31% dos casos, com maior incidência entre a quarta e quinta décadas de vida. Porém, é difícil diagnosticá-la e tem como principal diagnóstico diferencial a apendicite aguda. Deve-se ter em mente DM complicado quando o paciente vem com história típica de apendicite aguda, porém com o apêndice aparentemente normal. A diverticulite do DM pode ser causada por enterólito, corpo estranho ou parasita, que leva a uma obstrução do divertículo e determina inflamação da mucosa ileal.
RELATO DE CASO
Paciente, masculino, 54 anos com queixa de dor abdominal há 3 dias, localizada em abdome superior, com irradiação difusa , do tipo cólica e queimação, associada a vômitos de conteúdo gástrico. Relata também disúria, diminuição miccional e diarreia com fezes liquidas (3 episódios). Ao exame físico apresentava abdome distendido, ruídos hidroaéreos presentes, doloroso a palpação difusa, sem viceromegalias e sem sinais de peritonite. Aos exames laboratoriais possuía leucócitos de 11.000 sem desvio. A radiografia de abdome evidenciava distensão de alças, nível hidroaéreo com sinal de empilhamento de moeda. A sonda nasogástrica estava com debito de 800 ml de secreção entérica. Paciente foi submetido a uma laparotomia exploradora, cujo evidenciou diverticulite de Meckel com distensão de alças do intestino delgado proximal ao divertículo.
DISCUSSÃO
A apresentação clinica geralmente esta relacionada a complicações, e é comumente confundida com outras patologias. Com isso, salientamos a importância da suspeição diagnostica em indivíduos com dor abdominal vaga. O tratamento definitivo das complicações do DM deve ser sempre cirúrgico com indicação absoluta em pacientes sintomáticos.
Área
COLOPROCTOLOGIA
Instituições
FACULDADE DE MEDICINA FACERES - São Paulo - Brasil
Autores
Julia Brasileiro de Faria Cavalcante, Pedro Nogarotto Cembraneli, João Vitor Soares Vicentini, Francisco Estefani Segato, Rafael Luís Luporini