Dados do Trabalho
TÍTULO
CISTO HEPÁTICO NÃO PARASITÁRIO: UM RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO
Cistos hepáticos não parasitários são, em sua maioria, benignos com baixa prevalência na população mundial. São normalmente assintomáticos, podendo apresentar sintomas de acordo com o tamanho e localização no momento do diagnóstico.
Em 50% dos casos são únicos, podendo apresentar-se como múltiplos ou difusos no parênquima hepático além de mais comuns em mulheres adultas.
Visando a sintomatologia normalmente ausente da lesão cística, devem ser excluídas outras etiologias antes de diagnosticar o cisto como causa principal do sintoma.
No relato do caso apresentado neste estudo, o paciente foi submetido a tratamento cirúrgico das lesões císticas por videolaparoscopia.
RELATO DE CASO
Paciente, 58 anos, hígida, apresentando dor em hipocôndrio direito há 2 semanas de moderada intensidade associada à irradiação para dorso. Realizados exame complementares para elucidação diagnóstica sendo evidenciados dois cistos hepáticos de dimensões 83x99mm e 64x62mm, sendo assim optada pela laparoscopia terapêutica por cisto hepático sintomático. Os exames pré-operatórios assim como as sorologias não elucidaram a origem do cisto.
No transoperatório foi visualizado cisto volumoso em lobo esquerdo, segmento II e IV, na dúvida diagnóstica foi realizado envolvimento do local com gazes irrigadas com solução salina 3%. O cisto teve seu conteúdo aspirado e prosseguiu-se com destelhamento do cisto e cauterização de seu assoalho. Visualizado ainda outro cisto em seguimento VII, em que foi realizada a mesma técnica de destelhamento.
DISCUSSÃO
Com as melhorias realizadas em métodos diagnósticos e de tratamento, a possibilidade da exclusão de diagnósticos diferenciais e decisão de melhor conduta cirúrgica individualizada vem apresentando bons aspectos. O cisto hepático tem como indicação cirúrgica principal sua sintomatologia, que é normalmente ausente. Nos casos em que há sintomatologia, alguns tratamentos são indicados, a depender do paciente e da experiência do cirurgião, são eles: aspiração percutânea do conteúdo do cisto, técnica laparoscópica de destelhamento cístico ou ressecção de segmento hepático, até a necessidade de transplante hepático, em último caso.
A laparoscopia vem crescendo exponencialmente como técnica cirúrgica pela possibilidade de boa visualização do campo cirúrgico, alívio dos sintomas no pós-operatório, melhor recuperação pós operatória do paciente e menor recorrência da lesão, comparado com procedimentos mais simples como a aspiração percutânea. O estudo aprofundado das técnicas operatórias e suas indicações são de grande valor para um melhor resultado pós procedimento.
Área
FÍGADO
Instituições
Hospital das Forcas Armadas - Distrito Federal - Brasil
Autores
Winne Nolêto Martins, Wendel Santos Furtado, Carine Avello Matos, Guilherme Menezes Andrade Filho, Phylipe Augusto Oliveira , João Marcos Monteiro Ramos, José Miguel Silva Maciel Junior