Dados do Trabalho
TÍTULO
PERFIL CLINICO E ABORDAGEM VIDEOLAPAROSCOPICA NO CISTOADENOMA MUCINOSO DO APENDICE: RELATO DE CASOO
INTRODUÇÃO
Por entender baseado na literatura que o Cistoadenoma mucinoso apendicular é uma condição rara que surge por proliferação de células secretoras de mucina e alterações histopatológicas da mucosa adenomatosa com epitélio mucinoso com núcleo basal e alterações displasicas mínimas e alteração na camada muscular. E por ser considerada uma neoplasia benigna encontrada entre 0,07 e 0,3% das apendicectomias, sendo mais frequente em mulheres (4:1) e de maior incidência entre a quinta e sexta décadas de vida. E que o diagnóstico precoce é fundamental para evitar o extravasamento de secreção mucoide na cavidade peritoneal, causando pseudomixoma peritoneal, sendo uma complicação mais temida por aumentar a morbimortalidade. Assim o grande objetivo deste estudo é relatar um caso de cistoadenoma mucinoso de apêndice em paciente submetido a uma colectomia direita videolaparoscópica com anastamose íleo-transversa latero-lateral por duplo grampeamento.
RELATO DE CASO
Paciente sexo masculino, 59 anos, completamente assintomático. Realizou uma colonoscopia para rastreio de câncer colorretal que evidenciou abaulamento em topografia do óstio apendicular apresentando compressão extrínseca e também uma lesão, supostamente epitelial, elevada e dilatada sugestiva de adenoma, justa abaulamento. Tomografia de abdome evidenciou no flanco direito estrutura cística compatível com mucocele de apêndice cecal. Exames laboratoriais e dosagem do CEA encontravam-se sem alteracões. O paciente foi submetido a uma colectomia direita videolaparoscópica com anastomose íleo-transversa látero-lateral por duplo grampeamento. O exame histológico mostrou tratar-se de cistoadenoma mucinoso do apêndice vermiforme. O paciente evoluiu sem intercorrências.
DISCUSSÃO
O cistoadenoma mucinoso de apêndice é um achado raro. Como a doença é geralmente assintomática o diagnóstico pré-operatório torna-se difícil devido à falta de especificidade dos sintomas, sendo que até 60% dos diagnósticos são feitos durante laparotomias por outras causas. A lesão pode ser identificada por tomografia computadorizada, ultra-sonografia. O tratamento é cirúrgico, e a preocupação principal do cirurgião é evitar o extravasamento do conteúdo da mucocele na cavidade abdominal. O procedimento cirúrgico é definido de acordo com a integridade do apêndice, com os achados histopatológicos e com o acometimento da base do apêndice. Assim, as indicações atuais para colectomia direita no caso de neoplasias mucinosas do apêndice incluem: 1) se for necessária para ressecar toda a lesão; 2) se houver acometimento de linfonodos do mesoapêndice ou ileocólicos evidenciados durante exame histopatológico; 3) se for diagnosticado uma neoplasia maligna de apêndice do tipo não mucinoso. são fundamentais para um bom prognóstico, um diagnóstico correto e um tratamento adequado para evitar o desenvolvimento de complicações decorrentes da cirurgia.
Área
COLOPROCTOLOGIA
Instituições
Hospital Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil - Piauí - Brasil
Autores
Janderson Silva Soares, Marcelo Mendes Ribeiro, Jarissa Mayara Ducarmo Silva Soares, Hermes Cardoso Paula Martins Junior, Israel Lima Dias