TÍTULO

Dissecção aguda da aorta: atualização do diagnóstico e aplicação da terapia endovascular de emergência

OBJETIVO

O diagnóstico precoce da ADA é imprescindível, uma vez que os pacientes que chegam vivos ao hospital, têm alta probabilidade de morte em um curto período de tempo se não forem tratados adequadamente, especialmente aqueles que foram vítimas de algum evento traumático anterior. Neste contexto, a abordagem endovascular tornou-se o tratamento de escolha para emergências cirúrgicas agudas envolvendo a aorta torácica descendente.Partindo dessa realidade, o presente estudo teve como intuito, fazer uma revisão bibliográfica sobre a dissecção aguda de aorta, elucidando os principais e mais recentes métodos de abordagem diagnóstica e terapêutica. Além disso, ressalta a necessidade urgente, do preparo da equipe na admissão dos pacientes acometidos por essa moléstia, de modo que seja possível diminuir a incidência de casos subdiagnosticados, otimizando o tempo entre a abordagem inicial e a conduta adequada

MÉTODO

Este trabalho foi realizado a partir de uma busca eletrônica nas bases de dados PubMed, Medline, LILACS, Scielo e Portal de Pesquisa da BVS. Foram coletados dados de relatos de caso, estudos de coorte e revisões literárias, utilizando os descritores: síndrome aguda de aorta, dissecção aórtica aguda, dissecção traumática de aorta, reparo endovascular. O método apresentou a seguinte questão norteadora: "Quais os principais resultados e evidências científicas identificados na produção bibliográfica nacional e internacional, dos últimos 26 anos relativos a abordagem diagnóstica e terapêutica da dissecção aguda da aorta?”.
No levantamento inicial, os artigos passaram pela avaliação de sete pesquisadores (autores), de acordo com os seguintes critérios de inclusão: artigos publicados em português, inglês ou espanhol, que apresentassem as combinações das palavras-chave selecionadas, com data de publicação entre 1989 e 2015 que fossem acessíveis.

RESULTADOS

A DAA é uma condição potencialmente fatal que requer rápida avaliação e intervenção. No entanto, apesar dos grandes avanços em métodos de imagem e estudos não-invasivos, o diagnóstico correto nem sempre é a regra, consequentemente os erros de diagnóstico ocorrem frequentemente9. Aproximadamente 30% dos casos são reconhecidos em exames post-mortem. Os pacientes com essa afecção apresentam-se ao departamento de emergência com uma grande variedade de sintomas, devido ao envolvimento de múltiplos sistemas orgânicos10. Entretanto, há ocasiões em que a história médica é insuficiente para se reconhecer o quadro.

CONCLUSÕES

A maioria dos pacientes vítimas de uma ruptura de aorta após um acidente, morrem de imediato. Todavia, a pequena parcela sobrevivente, tem em média 24 horas para até que essa ruptura leve ao óbito. Como os achados clínicos são pobres e inespecíficos, mostra-se necessária uma maior habilidade profissional, no que diz respeito ao diagnóstico eficiente, abordagem rápida e tratamento adequado para esta grave patologia.