Dados do Trabalho
TÍTULO
ABORDAGEM DE MALFORMAÇAO VASCULAR ARTERIOVENOSA GIGANTE EM FACE
INTRODUÇÃO
As malformações vasculares são anomalias estruturais dos vasos sanguíneos. Essas malformações podem ser classificadas de acordo com o tipo de vaso envolvido (capilar, venoso, arteriovenosa) e com características hemodinâmicas (alto ou baixo fluxo) (Amrock, Weitzman, 2013).
O diagnóstico é basicamente clínico, com evidência na anamnese e exame físico do paciente.
Os hemangiomas infantis são diagnosticados por dois dados chave na história clínica: a ausência de lesão ao nascimento e o crescimento nos primeiros 6 a 9 meses seguido de involução.( Mattassi, Loose, Vaghi, 2015)
As localizações extracranianas típicas são: face, cavidade oral e extremidades. Seu tratamento continua sendo um grande desafio, devido a magnitude do padrão de crescimento que é freqüentemente comparado ao de um tumor maligno.As opções reconstrutivas variam desde cicatrização por secundária a fechamento primário, enxertos de pele, retalhos locais, retalhos em ilhas ou combinação dessas técnicas.
RELATO DE CASO
Mulher, 37 anos, dá entrada ao serviço de cirurgia plástica do Instituto de Medicina Integrada Professor Fernando Figueira (IMIP PE), com o quadro de desconfiguração facial. O quadro apresenta crescimento e deformidade desfigurante dos tecidos moles da face de um modo global. A paciente relata ter a mancha cutânea avermelhada em face desde o nascimento. Aos 27 anos houve oclusão total dos campos visuais bilaterais, o que levou à cegueira nos dois olhos. Em maio/2018, a paciente foi submetida, pela equipe de cirurgia plástica do IMIP a uma cirurgia com ressecção parcelada da lesão periorbitária.
DISCUSSÃO
A abordagem terapêutica deve ser escolhida de acordo com a necessidade de cada caso, como no caso descrito, geralmente é realizada a embolização endovascular, contudo, quando trata-se de lesão extensa, associada com a cirurgia (ressecção). A terapêutica de escolha depende da extensão da lesão, localização e comprometimento funcional. A embolização visa o controle do crescimento e da hemorragia, já a cirurgia torna-se opção quando a embolização não é bem-sucedida ou é insuficiente. A dificuldade cirúrgica relaciona-se quando há risco hemorrágico e a fraca visualização dos limites, bem como o envolvimento de estruturas major, levando-se em consideração que quanto maior a dimensão da lesão, maior o índice de recorrência, o ideal é que ressecção seja completa, minimizando esse risco. Lesões consideradas irressecáveis podem beneficiar de embolização periódicas. (SEQUEIRA, 2015-2016)
No caso aqui apresentado foi indicado o tratamento cirúrgico com ressecção parcelada da lesão periorbitária com reconstrução do supercílio bilateralmente, pois havia comprometimento do campo visual. Portanto, foi realizado uma ressecção parcial de pele, através do acesso superciliar técnica de Edward S. Ellis. foi realizada a incisão seguindo o contorno do supercílio, apenas para retirada do excesso da lesão.
Área
CIRURGIA PLÁSTICA (Inclusive neoplasias malignas de pele)
Instituições
Universidade Católica de Pernambuco - Pernambuco - Brasil
Autores
Thays Batista Soares, James Melo Meneses, Livia Gusmão Teixeira, Joany Marcelle Luis, Cintia Viana Prado, Ana Paula Vitorino Monteiro, Barbara Sousa Bispo