TÍTULO

TECNICAS CIRURGICAS PARA REPARAÇAO DE FISSURA LABIOPALATINA EM CRIANÇAS

OBJETIVO

Este estudo busca analisar as principais técnicas de cirurgia reparatória utilizadas em crianças que apresentam fissura labiopalatina. Essas crianças apresentam alterações de fácies e dificuldades na alimentação, as quais causam sobrecarga psico-econômica-social e de bem-estar aos pacientes e seus familiares, assim sendo justificada a importância do desenvolvimento trabalhos acerca do tema.

MÉTODO

O presente estudo foi realizado através de uma revisão de literatura, utilizando material já publicado nas bases de dados Scielo, PubMed, Google Acadêmico e Science Direct. Para a pesquisa os seguintes descritores foram utilizados: cirurgia, fenda labial e fissura palatina. Os critérios de inclusão foram: artigos completos publicados nas línguas portuguesa ou inglesa, no período de 2011 a 2018.

RESULTADOS

A fissura labiopalatina é uma das malformações mais comuns observadas em neonatos. As técnicas de cirurgia reparatória buscam atingir a simetria facial, reparar o músculo orbicular da boca e obter a continuidade alveolar. O tratamento é complexo, visto que se espera um equilíbrio entre os fatores estéticos, os da fala e os do crescimento facial. As cirurgias primárias incluem as práticas de queiloplastia e palatoplastia. Existem vários protocolos para determinar em qual momento do desenvolvimento da criança deve-se iniciar os procedimentos, cada um indicando diferentes formas de proceder quanto a qual estrutura deve ser reparada primeiro. Isso ocorre porque há muitas variações tanto em características da fissura quanto do paciente, sendo assim, a escolha do método cabe ao cirurgião ou a um protocolo institucional preestabelecido. No entanto, na busca pela padronização da idade ideal para a realização do procedimento, deu-se origem à chamada “Regra dos 10”, na qual a criança deve apresentar no mínimo 10 semanas de vida, 10 libras (aproximadamente 5 quilos) e hemoglobina igual ou superior a 10g/Dl. Além disso, segundo dados nacionais e internacionais, as técnicas de queiloplastia de Millard, de Mulliken e de Manchester e a palatoplastia de Veau são as mais realizadas e apresentam os melhores resultados a curto e longo prazo.

CONCLUSÕES

As técnicas de cirurgia reparatória para fissuras labiopalatinas variam de acordo com os protocolos empregados pelos centros de saúde e com a preferência e experiência do profissional. Até o momento não existe nenhuma padronização oficial em relação aos métodos, sendo que as variações se dão devido às características da fissura e do paciente. Contudo, já está claro que um tratamento cirúrgico precoce evita o sofrimento pelo estigma social e melhora a qualidade de vida da criança.