Dados do Trabalho


TÍTULO

Proteína C Reativa como preditora de complicações na Diverticulite Aguda

OBJETIVO

Correlacionar o valor laboratorial da PCR como preditora da diverticulite aguda complicada

MÉTODO

Trata –se de estudo retrospectivo realizado através de análise de prontuários, com amostra inicial de 241 pacientes e final 192 pacientes, internados no serviço de gastrocirurgia do Hospital Edmundo Vasconcelos do período de 01/01/15 a 31/10/2018 com o diagnóstico de diverticulite aguda através de métodos de imagens (ultrassonografia ou tomografia computadorizada de abdome), com idade superior a 18 anos e que apresentavam o valor da PCR nas primeiras 72 horas do início do quadro clínico. Foram divididos em dois grupos: pacientes com doença complicada (que necessitaram de abordagem por radiologia intervencionista ou cirúrgica por videolaparoscopia ou aberta) e pacientes com doença não complicada, correlacionando os seus níveis de PCR com o desenvolvimento de complicações e intervenções. Os dados foram obtidos de prontuário eletrônico, não sendo necessário o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram excluídos do estudo 49 pacientes que não apresentavam o valor da PCR nas primeiras 72 horas de quadro clínico.

RESULTADOS

Houve diferença significativa no PCR. Temos que o grupo com complicação tem média de 190,12 mg/dl enquanto que o grupo que não complicou a média foi de 100,87 mg/dL. A área abaixo da curva ROC (AUC) foi de 0,7622 com valor de p de 0,0001. Assim temos que o poder discriminativo do PCR é de 76,22%. O ponto de corte escolhido pelo índice de Youden foi o ponto 139,30 mg/dl com uma sensibilidade de 80% e especificidade de 75%.

CONCLUSÕES

Nossos resultados mostraram diferença estatística significante entre os grupos estudados. Além disso, resultou o valor de 139,3 mg/dL da PCR como o melhor corte para predizer complicações, dado que vai ao encontro dos resultado de outros estudos na literatura mundial. A dosagem da PCR nas primeiras 72 horas do diagnóstico da diverticulite é fundamental e deve ser realizado rotineiramente. Níveis elevados da PCR, associado ao quadro clínico, laboratorial e de imagem tem grande valor para predizer complicações e orientar o tratamento.

Área

COLOPROCTOLOGIA

Instituições

HOSPITAL EDMUNDO VASCONCELOS - São Paulo - Brasil

Autores

Caroline Godinho de Andrade, Bruna Campos Oliveira, Leonardo de Mello Del Grande, Luis Fernando Paes Leme, Guilherme Augusto Tafner, Adriana Silva do Nascimento, Luiz Landini Filho