TÍTULO

ANALISE DOS PROCEDIMENTOS DE PNEUMOTOMIA NAS REGIOES BRASILEIRAS EM 10 ANOS

OBJETIVO

Analisar o atual panorama de procedimentos de pneumotomia realizados no Brasil durante 10 anos e correlacionar a epidemiologia atual com os resultados obtidos.

MÉTODO

Realizou-se uma revisão sistemática da literatura e uma coleta observacional, descritiva e transversal dos dados de pneumotomia com ressecção costal para drenagem cavitária e retirada de corpo estranho, disponíveis no DATASUS – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) por um período de dez anos – novembro de 2008 a novembro de 2018 – avaliando valor de gastos públicos, complexidade, taxa de mortalidade, óbitos, permanência e caráter de atendimento e artigos disponíveis em Scielo, Lilacs e PubMed.

RESULTADOS

A pneumotomia se apresenta como um importante procedimento para drenagem cavitária, mostrando-se na literatura como um recurso utilizado no tratamento de aspergiloma pulmonar e outros abcessos. Além disso, contribui para a abordagem de retirada de corpo estranho. No período analisado, foram observadas 308 internações para a realização de procedimentos de pneumotomia no Brasil, representando um gasto total de R$ 515.735,69, sendo 2009 o ano com maior número de internações (54), e 2010 o ano responsável pelo maior valor gasto durante o período (R$ 125.896,07). Do total de procedimentos, 64 foram realizados em caráter eletivo, 241 em caráter de urgência e 3 por outras causas, tendo sido 185 considerados de alta complexidade e 123 de média complexidade. A taxa de mortalidade total nos 10 anos estudados foi de 5,84, correspondendo a dezoito óbitos, tendo sido 2018 o ano com taxa de mortalidade mais alta, 21,43, enquanto o ano de 2011 apresentou a menor taxa, 3,45. A taxa de mortalidade dos procedimentos eletivos foi de 3,13 em comparação a 6,64 nos de urgência. A média de permanência total de internação foi de 10,2. A região brasileira com maior número de internações foi a Sudeste com 112 internações, seguida da região Nordeste com 68, Sul com 48, Centro-Oeste com 41 e, por último, a região Norte com 39 internações. Entre as unidades da federação, o estado de São Paulo concentrou a maior parte das internações, contabilizando 45. A região com maior número de óbitos foi a Sudeste com sete casos, enquanto a região Sul apresentou o menor número, com um óbito. A região Norte apresentou a maior taxa de mortalidade (10,26), seguida pela região Sudeste (6,25). Já a região Sul, apresentou a menor taxa, com valor de 2,08.

CONCLUSÕES

Pode-se observar, a partir do presente estudo, a importância da prevenção de situações que possam levar a quadros – como abcessos e presença de corpos estranhos – em que seja indicado o procedimento, visando a redução da mortalidade dos pacientes. Além disso, evidenciar a necessidade da notificação correta dos procedimentos, devido à ausência de determinadas informações, visando aprimorar a análise epidemiológica atual.