Dados do Trabalho


TÍTULO

COLECISTECTOMIA EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA BARIÁTRICA: REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA

OBJETIVO

Sendo a obesidade uma doença complexa, relacionada com a colelitíase, busca-se avaliar a colecistectomia, analisando os riscos e benefícios das condutas preventivas e seletivas em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Além de relacionar a perda de peso devido ao by-pass gástrico em Y de Roux( BGYR) com o maior risco de formação de cálculos biliares.

MÉTODO

Foi realizada uma pesquisa literária no período de novembro de 2018 até janeiro de 2019, nas bases eletrônicas do PubMed e Medical Journal. Os descritores utilizados faram “obesity”, “cholecystectomy” e “bariatric surgery”.
Os critérios de inclusão para os artigos encontrados foram: publicação com no máximo cinco anos. Foram excluídos os artigos que não relacionam a colecistectomia com a cirurgia bariátrica ou que não contemplaram os critérios de inclusão.

RESULTADOS

Em obesos mórbidos a colecistopatia calculosa chega a mais de 20% dos pacientes, além dos casos que podem acontecer nos primeiros meses do pós-operatório. Na pesquisa de Schneider et al. (2018) com 1225 pacientes submetidos a bypass gástrico em Y de Roux foram detectados colelitíase em 222 pacientes.
JUO, YY et al.; TUSTUMI, F. et al.; e AMSTUTZ, S. et al. concordam que a colecistectomia profilática antes da cirurgia bariátrica não é justificável e que a melhor opção para o tratamento da colelitiase é concomitante com o by-pass gástrico. Já a matéria do NEWS.MED.BR (2017) com base em dados cruzados do Swedish Register for Cholecystectomy and Endoscopic Retrograde Cholangiopancreatography (GallRiks; 79.386 pacientes) e do Scandinavian Obesity Surgery Registry (SOReg; 36.098 pacientes), concluiu que a colecistectomia deve ser feita antes, e não durante ou após a realização da cirurgia bariátrica.
No estudo de Della Penna et al. (2019), de 704 pacientes, 61 apresentavam colelitíase assintomática, sendo tratados após cirurgia bariátrica com ácido ursodesoxicólico (UDCA) por 6 meses. Após esse período 96,8% destes permaneceram assintomáticos sob a terapia. Mostrando-se uma alternativa para a colecistectomia.

CONCLUSÕES

Levando em consideração que os estudos ainda são controversos, e o quão comum é a associação de cálculos biliares com com a cirurgia bariátrica. Precisa-se de mais estudos nessa área, alem de avaliar novas alternativas, como o uso de ácido ursodesoxicólico.

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

ITPAC - Tocantins - Brasil

Autores

Lara Inês Martins Dantas, Daiany Pereira de Castro, Lilianne Kellen Costa Quaresma de Sousa, bruno de oliveira araujo sousa