Dados do Trabalho
TÍTULO
ESTUDO DOS PROCEDIMENTOS DE TROCA E PLASTICA VALVAR NAS REGIOES BRASILEIRAS EM 10 ANOS
OBJETIVO
ESTUDO DOS PROCEDIMENTOS DE TROCA E PLÁSTICA VALVAR NAS REGIÕES BRASILEIRAS EM 10 ANOS
MÉTODO
Realizou-se uma revisão sistemática da literatura e uma coleta observacional, descritiva e transversal dos dados de implante, plástica e troca valvar com ou sem revascularização miocárdica, única ou múltipla, independente de faixa etária, disponíveis no DATASUS – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) por um período de dez anos – novembro de 2008 a novembro de 2018 – avaliando valor de gastos públicos, complexidade, taxa de mortalidade, óbitos, média de permanência e caráter de atendimento e artigos disponíveis em Scielo, Lilacs e PubMed.
RESULTADOS
Com o aumento da incidência de doenças cardiovasculares (DCV) e da expectativa de vida, as valvulopatias se tornam mais presentes, aumentando assim o número de trocas e plastias valvares. No período analisado, foram observadas 127.535 internações para a realização de procedimentos de plástica e troca valvar no Brasil, representando um gasto total de R$1.712.033.200,58 sendo 2012 o ano com maior número de internações (13.379), o mesmo ano responsável pelo maior valor gasto durante o período (R$182.458.529,96). Do total de procedimentos, 73.573 foram realizados em caráter eletivo, 53.961 em caráter de urgência e um por outras causas, tendo sido todos considerados de alta complexidade. A taxa de mortalidade total nos dez anos estudados foi de 10,00, correspondendo a 12.758 óbitos, tendo sido 2015 o ano com taxa de mortalidade mais alta, 10,44, enquanto o ano de 2008 apresentou a menor taxa, 9,08. A taxa de mortalidade dos procedimentos eletivos foi de 8,19 em comparação a 12,48 nos de urgência. A média de permanência total de internação foi de 13,9. A região brasileira com maior número de internações foi a Sudeste com 55.720 internações, seguida da região Sul com 30.453, Nordeste com 26.393, Centro-Oeste com 10.225 e, por último, a região Norte, com 4.744 internações. Entre as unidades da federação, o estado de São Paulo concentrou a maior parte das internações, contabilizando 31.506. A região com maior número de óbitos foi a Sudeste com 5.837 casos, enquanto a região Norte apresentou o menor número com 608 óbitos. A região Norte, entretanto, apresentou a maior taxa de mortalidade (12,82), seguida pela região Centro-Oeste (11,50). Já a região Nordeste, apresentou a menor taxa, com valor de 8,03.
CONCLUSÕES
Pode-se observar o grande número de procedimentos realizados, salientando a importância da avaliação entre abordagens por cirurgia aberta ou de forma minimamente invasiva, que reduz os gastos com recuperação, tempo de procedimento e risco de complicações. Vale ressaltar que a relação entre a taxa de mortalidade e número de procedimentos por região foram grandezas inversamente proporcionais e evidenciar a necessidade da notificação correta dos procedimentos, devido à ausência de determinadas informações, visando aprimorar a análise epidemiológica atual.
Área
CIRURGIA TORÁCICA
Instituições
UNIVERSIDADE DE VASSOURAS - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
Raul Ferreira de Souza Machado, Caio Teixeira dos Santos, Natalia Parreira Arantes, Yago Paranhos de Assis, João Paulo Brum Paes, Ivana Picone Borges de Aragão