TÍTULO

ESTRATEGIAS DE COPING COMO MEDIDA DE MELHORA PROGNOSTICA EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS CARDIOVASCULARES

OBJETIVO

Analisar a variabilidade do estresse percebido de acordo com estressores e enfrentamento, com base na literatura, e evidenciar a possibilidade de utilização das estratégias de coping para melhorar o prognóstico em cirurgia cardiovascular.

MÉTODO

Foi realizada uma revisão sistemática da literatura com base em artigos selecionados através de busca no banco de dados do scielo, PubMed e bireme, a partir das fontes Medline e Lilacs, sendo os descritores usados: Estratégias de Coping; Estressores; Estresse Psicológico; Cirurgia Cardíaca.

RESULTADOS

A doença coronariana se destaca entre as doenças cardiovasculares na vitimização de pacientes em todo o mundo¹. As estratégias de coping se expressam de forma potencialmente positiva. Segundo Folkman e Lazarus, coping pode ser descrito como a “tentativa ou empenho para lidar com exigências externas (do ambiente) ou internas (do próprio sujeito) percebidas como sobrecarregando ou excedendo os recursos da pessoa”. As estratégias de coping, já utilizadas para o enfrentamento de Síndrome de Burnout e outros estresses ocupacionais, têm sido empregadas em diversos outros acometimentos, como instrumento capaz de trazer benefício prognóstico aos pacientes, através da psiconeuroimunologia. Os estudos apontam duas categorias de estratégias de coping básicas: as voltadas para a resolução do problema e as orientadas para a regulação da emoção. Trabalho que comparou a relação entre estresse percebido com coping e estressores de pacientes em revascularização miocárdica pré-operatória, utilizando estratégia voltada para a resolução do problema, mostrou que "Lidar com a cirurgia como um instrumento de melhoria / cura" (β = -0,255, p = 0,009) foram associados com menos stress percebido; Estudo de Carolina Catunda et al., 2017, mostrou que a forma como indivíduos HIV positivos percebem sua doença é um importante fator preditor de qualidade de vida; dentre outros. Isso mostra o grande potencial de melhora prognóstica com a utilização de estratégias de coping em diversas patologias, incluindo as cardiovasculares e suas intervenções.

CONCLUSÕES

A cura/controle diz respeito à percepção de capacidade para o desempenho dos comportamentos de coping e a crenças sobre a eficácia do tratamento. De acordo com a literatura, indivíduos que assumem a doença como controlável tendem a adoptar estratégias de coping direcionadas para a reavaliação cognitiva, coping focado no problema e procura de apoio social, o que melhora o enfrentamento da condição patológica e, assim, seu prognóstico.