Dados do Trabalho


TÍTULO

OS EFEITOS COLATERAIS DO SUS PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES

OBJETIVO

Avaliar a qualidade da oferta dos serviços cardiológicos e cardiocirúrgicos realizados pelo SUS e analisar fatores relacionados às características dos serviços oferecidos que influenciem na qualidade de vida do paciente e nas complicações de procedimentos cardíacos.

MÉTODO

Foi feita uma revisão sistemática da literatura baseada em 12 artigos, entre 1996 e 2011, selecionados através de busca no banco de dados do scielo, PubMed e bireme, a partir das fontes Medline e Lilacs, sendo os descritores usados: SUS; fatores de risco cardiovascular; cardiopatias.

RESULTADOS

Estima-se que, em 2020, doenças isquêmicas do coração suplantarão as doenças infecciosas como primeira causa de mortalidade no mundo. É necessário avaliar quantitativa e qualitativamente a oferta de atendimentos cardiológicos e cardiocirúrgicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), visto que todos têm direito ao acesso, que deve ser contínuo, integral e adaptado para a realidade e necessidades de cada grupo social. Estudos mostram que hospitais públicos estão relacionados a maiores riscos de óbito e que muitos fatores influenciam na menor eficácia dos cuidados cardíacos na rede pública. O movimento de priorização da atenção básica primária não foi acompanhado de investimento semelhante na organização dos demais níveis de atenção do sistema, e deve-se atentar para esta questão, posto que as atenções secundárias e terciárias requerem robustos investimentos e não podem ser negligenciadas, pois os procedimentos cardiovasculares de alta complexidade são realizados em doenças de alta prevalência na população. Além disso, diferenças organizacionais entre funcionamento das redes especializadas pública e privada constituem fator a ser avaliado para que se possa compreender a maior taxa de mortalidade entre os indivíduos atendidos pelo SUS. Assim, internação e as intervenções pelo SUS colocam-se como marcadores de condições específicas do paciente e da própria estrutura de atendimento ao usuário, culminando em deficiência do tratamento oferecido.



CONCLUSÕES

A alta mortalidade ainda presenciada pelos procedimentos realizados nos hospitais públicos em relação aos privados, a falta de investimento em novas tecnologias e a falta do aprimoramento técnico retratam a ainda crescente necessidade de atenção nesse setor da saúde pública, com impacto direto na melhoria de vida da população, visto a grande prevalência das patologias cardiológicas na população brasileira e o grande impacto que esses procedimentos podem ter na melhora da qualidade de vida da população.

Área

CIRURGIA TORÁCICA

Instituições

UNIVERSIDADE DE VASSOURAS - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Raul Ferreira de Souza Machado, Caio Teixeira dos Santos, Karine Vieira da Rocha, Ana Paula Romagnioli Mattos, João Pedro de Resende Côrtes, Ivana Picone Borges de Aragão, Paula Pitta de Resende Côrtes