Dados do Trabalho


TÍTULO

CUIDADOS NO POS-OPERATORIO DE PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE CARDIACO

OBJETIVO

O presente estudo visa analisar os cuidados e a evolução no pós-operatório de pacientes submetidos a transplantes cardíacos.

MÉTODO

Foi realizada uma revisão sistemática da literatura com base em 09 artigos, variando entre 2001 e 2015, com o uso dos bancos de dados disponíveis no Scielo, Lilacs e PubMed, sendo os descritores usados: Transplante Cardíaco; Pós-operatório de Transplante Cardíaco; Complicações de Transplante Cardíaco.

RESULTADOS

O transplante cardíaco é um procedimento em progressiva ascensão em todo o mundo, tendo em vista que se enquadra como intervenção terapêutica eficaz para a IC grave – patologia que representa uma das maiores causas para internação por origem cardiovascular. Apesar dos riscos de rejeição e de complicações, a técnica descrita limita, em parte, o cotidiano do paciente, porém apresenta elevada eficácia e sobrevida em quadros onde essa é a única alternativa e a terapia medicamentosa não se mostrou eficaz. Dentre as complicações, incluem, principalmente no primeiro mês, infecções hospitalares e as transmitidas pelo enxerto, sendo as bacterianas mais prevalentes. Dentre as virais, cabe destacar agentes etiológicos de importância como citomegalovírus, que cursa com febre, depressão medular, doença invasiva do trato gastrointestinal, sistema nervoso central, pulmão e retina. Os locais mais acometidos por infecções são os pulmões, sangue, trato gastrointestinal, trato urinário e ferida operatória. As infecções restritas ao sítio cirúrgico acometem menor porcentagem de pacientes, caso haja profilaxia adequada, contudo, a mortalidade pode chegar à 14% em casos de mediastinite. Após o primeiro mês, infecções oportunistas por fungos, vírus e protozoários se mostram comuns. Já as complicações em longo prazo envolvem hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes mellitus, além de rejeição, obstrução coronariana e infarto.

CONCLUSÕES

Conclui-se que, apesar do transplante cardíaco ser a única saída benéfica ou a mais viável para alguns pacientes com comprometimentos mais severos, essa ainda tem provocado uma vaga abertura para as infecções secundárias durante o processo cirúrgico. A prevenção desses quadros deve receber atenção de uma equipe multidisciplinar no cuidado e orientação do paciente, bem como sua instrução e comprometimento, a fim de evitar os riscos e alcançar um melhor prognóstico para o paciente.

Área

CIRURGIA TORÁCICA

Instituições

UNIVERSIDADE DE VASSOURAS - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Raul Ferreira de Souza Machado, Caio Teixeira dos Santos, Karine Vieira da Rocha, João Paulo Brum Paes, Ivana Picone Borges de Aragão