TÍTULO

RESSECÇAO DE PRIMEIRA COSTELA ESQUERDA POR VATS - TERAPEUTICA PARA SINDROME DO DESFILADEIRO TORACICO

INTRODUÇÃO

Síndrome do desfiladeiro torácico é decorrente de compressão anormal do plexo braquial em topografia de desfiladeiro torácico, região delimitada por três espaços estreitos, dentro dos quais passam a artéria subclávia e o plexo braquial. A sintomatologia da compressão é diversa e pode se manifestar com problemas vasculares (como tromboses) ou neurológicos (tais como parestesia). Tradicionalmente a abordagem da costectomia é feita por acesso supraclavicular ou axilar¹, embora a técnica para ressecção de costela por meio de Video-assisted thoracoscopic surgery (VATS), apesar de ter mais facilidade na dissecção do plexo braquial, ainda é pouco relatada em literatura.

RELATO DE CASO

KFLS, 31 anos, apresentou dormência em MMSS associado a episódios de trombose de veias subclávia direita (2015) e esquerda (2018), em uso de Rivaroxabana. Realizou eletroneuromiografia, cujo resultado se mostrou normal. Feita angioTC, que evidenciou sinais de aprisionamento vascular (arterial e nervoso) entre a clavícula e o primeiro arco costal, mais acentuado do lado esquerdo. Em TC prévia apresenta ausência de costelas cervicais. Feito diagnóstico de síndrome do desfiladeiro torácico e procedida ressecção de 1ª costela esquerda por VATS, sem intercorrências. Evoluiu no pós-operatório com edema em região torácica E e MSE, com regressão espontânea e progressiva; foram também realizadas novas angioTC de tórax e USG dos vasos subclávios, que não identificaram tromboses. Aguarda nova abordagem para ressecção da 1ª costela D.

DISCUSSÃO

A técnica VATS apresenta grande vantagem de um melhor campo cirúrgico com relação à apresentação das imagens, permitindo melhor visualização das estruturas, bem como a facilidade de não necessitar de manobras para posicionamento do braço do paciente, visto que não necessita de tração como nos casos de abordagem transaxilar.