Dados do Trabalho


TÍTULO

MICROCIRURGIA PARA TUMOR DE FOSSA POSTERIOR RECIDIVADO

INTRODUÇÃO

Astrocitomas são os gliomas mais comuns, sendo o astrocitoma pilocítico correspondente ao grau I (Organização Mundial de Saúde). Seu pico de incidência ocorre entre os 20 e 30 anos e sua principal localização é cerebelar. A idade é o fator prognóstico isolado mais importante, sendo que pacientes mais jovens tendem a viver mais.

RELATO DE CASO

W. D. M., sexo masculino, 29 anos, com relato de cefaleia, tontura e diminuição da acuidade visual há 2 meses. Relata diagnóstico de astrocitoma pilocítico cerebelar há 2 anos, tendo sido realizado tratamento cirúrgico e sessões de quimioterapia e radioterapia. Considerada hipótese principal de recidiva tumoral de astrocitoma cerebelar, sendo o paciente submetido a ressonância magnética de crânio contrastada, que evidenciou imagem cística na porção mais superior do cerebelo esquerdo com nódulo mural medindo 1,3x1,0x1,1 cm (AP x LL x CC), com intensa impregnação após contraste, determinando efeito compressivo sobre as fissuras cerebelares e com hipersinal em T2 na substância branca adjacente podendo corresponde a edema, com conclusão diagnóstica de lesão recidivada em cerebelo esquerdo. Indicada cirurgia para exérese de tumor cerebral em fossa posterior. Durante a cirurgia, paciente em decúbito dorsal, com incisão mediana posterior seguindo cicatriz da cirurgia prévia, seguido de craniectomia no sentido do seio transverso esquerdo. Realizada abertura do tecido fibrótico, que envolve duramater e cerebelo, com hemostasia local com gelfoam e bisturi elétrico bipolar. Inspeção da cavidade, com visualização de lesão vascularizada correspondente a neoplasia, circundada por tecido necrótico escuro e fibrótico. Exérese da lesão macroscopicamente, com amostra colhida para exame histopatológico. Por fim, realizado fechamento dural, muscular, aponeuróticos e pele, com posterior uso de curativo compressivo no local da ferida, sendo o paciente dirigido a UTI para observação. No pós-operatório paciente apresentou boa evolução, mantendo-se estável hemodinamicamente, sem déficit motor e melhora sintomatológica, recebendo alta hospitalar no 5º DPO, mas com agendamento para retorno após resultado da biópsia.

DISCUSSÃO

Embora os astrocitomas pilocíticos possuam baixo potencial de malignização, seu comportamento é variável e pode recidivar, permanecer estável e, em raros casos, malignizar. O tratamento de todos gliomas envolve na maioria das vezes a associação da cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

Área

CIRURGIA CABEÇA E PESCOÇO

Instituições

UNITPAC - Tocantins - Brasil

Autores

Lorainny Aparecida Alencar Veiga, Patrick Nunes Brito, Tássylla Caroline Ferreira Pereira, Ana Júlia Ferreira Fernandes, Anna Carolina Pereira Gomes, Brenda Nunes Brito, Andressa Santos Osório, José Roberto Lopes Rivero