Dados do Trabalho


TÍTULO

TRATAMENTO CIRURGICO DE NASOANGIOFIBROMA JUVENIL: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

O nasoangiofibroma juvenil é um tumor benigno raro composto elementos miofibroblásticos e vasogênicos. Corresponde à 0,5% dos tumores de cabeça e pescoço e acomete em especial o sexo masculino. Geralmente localiza-se na região posterior da fossa nasal e rinofaringe, cursando com sintomas obstrutivos nasais e sangramento. Possui alta capacidade invasiva local, podendo estender-se à cavidade oral. O tratamento baseia-se na excisão total e por vezes, radioterapia.

RELATO DE CASO

Masculino, 14 anos, chega a Hospital de referência com epistaxe leve de coloração vermelho vivo há 30 dias associado a edema em face e dispneia. Nega traumas. Ao exame: lúcido, orientado, taquipneico, eucárdico, acianótico, hipocorado (+/4+), apresentando massa palpável em hemiface direita, dolorosa, com 5 cm de diâmetro, linfonodomegalia em cadeia cervical posterior direita e esquerda, com linfonodos móveis e indolores á palpação, murmúrio vesicular presente á ausculta pulmonar, com restante do exame físico normal. Paciente é submetido ao uso de tampão nasal, sem melhora do sangramento. Realizada tomografia computadorizada de face que evidencia lesão expansiva sólida, bem delimitada estendendo-se do forame esfenopalatino à coana, causando remodelamento ósseo do esfenoide, mandíbula, arco zigomático e osso nasal. A angiotomografia de face revelou massa hipodensa com densidade de partes moles, envolvendo e deformando a região do plexo venoso pterigoide e artéria maxilar à direita. O exame histopatológico realizado confirma a hipótese de nasoangiofibroma juvenil. É realizado procedimento cirúrgico, iniciando com incisão de Weber Ferguson à direita, seguindo de maxilectomia à direita com palatotomia, exposição do tumor com deslocamento do mesmo e sangramento intenso. É realizado dissecção total da lesão, e em seguida é feita reconstrução por osteossíntese da parede maxilar, zigomático–alveolar e maxilo-alveolar com uso de placas de 1,5mm. No pós operatório paciente encontra-se lucido, orientado, eucardico, eupneico, em uso de tampão nasal com melhora do sangramento. Paciente se mantem sem queixas e recebe alta hospitalar no 5º dia pós operatório.

DISCUSSÃO

O rápido crescimento do tumor e o alto índice de recidivas, torna-se imprescindível um diagnóstico precoce e acompanhamento pós operatório destes pacientes. É importante salientar ainda o menor índice de sequelas pós operatórias quanto mais rápido for concluído o diagnóstico e realizado o procedimento cirúrgico adequado.

Área

CIRURGIA CABEÇA E PESCOÇO

Instituições

UNITPAC - Tocantins - Brasil

Autores

João Victor Pereira Gomes, Tássylla Caroline Ferreira Pereira, Hanna Paula Carolayne Ferreira Pereira, Patrick Nunes Brito, Eric de Oliveira Soares Júnior, Laís Rocha Brasil, Dórica Pereira Martins, Élder Narciso Feltrim