Dados do Trabalho
TÍTULO
APENDICITE GANGRENOSA EM PACIENTE COM VARIAÇAO ANATOMICA DE CECO: RELATO DE CASO.
INTRODUÇÃO
A apendicite é a causa cirúrgica mais comum de dor abdominal em atendimentos de urgência. Seu diagnóstico é habitualmente fácil e essencialmente clínico. O diagnóstico diferencial e as variações anatômicas representam os principais entraves em seu reconhecimento clínico, o que propicia atraso em relação ao diagnóstico e tratamento e aumento das chances de complicação. Apresentamos um caso de paciente com quadro sugestivo de apendicite em que no ato operatório foi evidenciada variação anatômica no ceco, a qual modificou a abordagem cirúrgica.
RELATO DE CASO
Masculino, 22 anos, pardo, solteiro, admitido com dor abdominal em cólica, mais intensa em fossa ilíaca direita, início há 02 dias, progressiva, associado a náuseas, vômitos alimentares e febre não aferida. Sem história patológica prévia. Paciente em regular estado geral, nível de consciência preservado, febre (38,4°C), acianótico, anictérico, fácies álgica, hidratado, taquicárdico, taquipneico. FC: 130 bpm, PA: 140 x 80 mmHg. Exame do tórax, murmúrio vesicular presente, sem ruído adventício. Abdome plano, flácido, indolor à palpação superficial, sinal de Blumberg presente, ruído hidroaéreo presente, sem visceromegalias. Realizado analgesia, hidratação, radiografia de abdome agudo, laboratoriais. Hb: 13,4 g/dL; Ht: 40,3%; leucócitos: 18400/mm3; Plaquetas: 267.000/mm3; Radiografia de tórax sem alterações. Radiografia de abdome gás no reto, distensão de alças colônicas, apagamento do psoas à direita. Realizado hipótese diagnóstica de apendicite, então, submetido à laparotomia exploradora, incisão de McBurney, exploração da cavidade é identificado ceco localizado em ângulo hepático, apêndice hiperemiado com focos de necrose (fase III). Realizou-se conversão para incisão mediana, apendicectomia, limpeza e drenagem da cavidade abdominal. Paciente evolui no pós-operatório com drenagem de líquido sero-hemático em pequeno volume pela ferida operatória, sem sinais flogísticos, sem sinais de irritação peritoneal, reintroduzido dieta com boa aceitação, estimulado deambulação precoce. Alta médica no 3° dia pós-operatório, assintomático, retorno ao ambulatório de cirurgia geral em 15 dias.
DISCUSSÃO
A apendicite é a principal causa de abdome agudo no Ocidente, sua sintomatologia clássica está presente em cerca de 60% dos pacientes. Seu diagnóstico precoce é extremamente importante para reduzir a morbimortalidade da patologia. Dessa forma, é importante ter essa entidade como hipótese diagnóstica na prática médica para efetiva prevenção secundária.
Área
COLOPROCTOLOGIA
Instituições
UNITPAC - Tocantins - Brasil
Autores
João Victor Pereira Gomes, Tássylla Caroline Ferreira Pereira, Débora Coelho Duarte, Gavroche Bezerra Toscano de Mendonça, João Antônio Américo Machado Batista, Eldan Júnior Araújo Silva, Jorge Luiz Carvalho Cunha Gomes Abrantes, Ana Cecília de Sousa Prado