Dados do Trabalho


TÍTULO

COLECISTOSTOMIA: UMA ALTERNATIVA A CIRURGIA DE COLECISTECTOMIA?

OBJETIVO

Um estudo comparativo a fim de avaliar a colecistostomia como uma alternativa a colecistectomia no tratamento de colecistite grave.

MÉTODO

Trata-se de uma revisão bibliográfica, com levantamento de dados dos últimos cinco anos. Realizou-se busca eletrônica nas bases de dados Medline, Embase, Scielo, Cochrane, PubMed e Lilacs. Os descritores utilizados foram “Cholecystostomy”, “cholecystectomy” e“cholecystitis” para selecionar dezessete resumos, dos quais foram escolhidos os cinco artigos que comparavam as duas técnicas.

RESULTADOS

A colecistite é uma doença frequente, a qual o tratamento preferencial é colecistectomia por vídeo-laparoscopia. Porém em doentes graves a terapêutica percutânea deve ser considerada. Nesse sentido o estudo de Lee W. (2013) analisa o procedimento de drenagem, quando a operação não é indicada devido à sepse ou velhice. Outro trabalho desse mesmo autor avaliando os octogenários mostrou maiores taxas de complicação e mortalidade após o tratamento cirúrgico em colecistite. As pesquisas de Irojah B, Bell T, Grim R, Martin J, Ahuja V (2017) concordam com as complicações em idosos e veem a colecistostomia como escolha terapêutica. Os relatos de FARAH, José Francisco de Mattos (2014) referem 60%- 70% de sucesso com colecistostomia percutânea para colecistite aguda grave. Já Shin MS, Park SH (2018) avaliaram 205 pacientes e as taxas de complicação e conversão não foram significativamente diferentes entre os grupos etários, porém pacientes extremamente idosos, a avaliação pré-operatória e a laparoscopia eletiva eram necessárias.

CONCLUSÕES

Tendo em vista os aspectos observados, pode-se concluir que a colecistostomia é uma boa alternativa frente ao risco de realizar um procedimento padrão em pacientes graves, principalmente idosos ou pacientes com sepse onde o principio da beneficência (diminuir o risco de mortalidade proporcionando alivio dos sintomas) se sobrepõe ao de não maleficência (possibilidade de recidiva).

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

ITPAC Porto Nacional - Tocantins - Brasil

Autores

Lara Inês Martins Dantas, Cesar Auladino Leite Filho, Daiany Pereira de Castro, Jessica Fernanda Ferreira Martins, Bruno de Oliveira Araujo Sousa