Dados do Trabalho


TÍTULO

EXPERIENCIA COM RECONSTRUÇAO DO TRANSITO INTESTINAL EM HOSPITAL UNIVERSITARIO DO NORDESTE BRASILEIRO ENTRE 2010 E 2016

OBJETIVO

OBJETIVOS :Analisar as complicações derivadas do fechamento de estomas intestinais.

MÉTODO

MÉTODOS: Estudo retrospectivo com análise de prontuário de pacientes submetidos a fechamento de ostomias no período de 6 anos no HUAC.

RESULTADOS

RESULTADOS:Foram incluídos 51 pacientes, sendo 78,43% homens e 21,57% mulheres, com idade média de 38 anos. Dentre as indicações da ostomia, predominaram a lesão traumática(50,98%), seguida de patologia benigna(33,33%) e câncer(15,69%). A colostomia terminal foi a ostomia mais frequente, sendo presente em 21 pacientes(41,18%), seguida pela colostomia em alça(33,33%). Dentre as ileostomias, 8 eram em alça(15,69%) e 5 eram terminais(9,80%). O preparo intestinal foi feito em 20 pacientes(39,22%), com ingesta de manitol a 20% adicionada a suco de laranja em quantidades equivalentes, além de fleet enema via retal. A reintrodução precoce da dieta alimentar foi feita em 28 pacientes(54,90%) nas primeiras 24 horas do pós-operatório, destes 4 evoluíram com náusea e vômito. Dos demais, 14(27,45%) tiveram reintrodução da dieta com 48 horas de pós operatório e 9 pacientes(17,65%) após as 48 horas. O índice de morbidade global encontrado foi de 37,26%, sendo a fístula enterocutânea a complicação mais frequente(21,57%), seguida de infecção de ferida operatória(15,69%), deiscência de anastomose(9,80%) e abscesso(5,88%). Evoluíram para o óbito 5 casos, atestanto uma mortalidade de 9,80% no estudo. Ante o exposto, observou-se que dos 20 pacientes nos quais foi realizado o preparo intestinal pré-operatório, 7(35%) evoluíram com complicação. Já dentre os 31 pacientes que não realizaram preparo, 12(38%) evoluíram com complicação. Contudo, não há correlação entre preparo intestinal e número de complicações (p>0,05). Todos os pacientes do estudo foram submetidos a avaliação pré-operatória, seguido da internação na enfermaria cirúrgica. O preparo intestinal mecânico foi realizado no dia anterior ao da cirurgia, quando indicado pelo médico assistente. A tricotomia, realizada em todos os casos, foi feita na sala de cirurgia. A técnica de anastomose intestinal foi a sutura manual, em todos os casos.

CONCLUSÕES

CONCLUSÃO: As taxas de morbidade associadas ao estoma são altas e outros fatores devem ser avaliados para redução dessas taxas, desde a indicação da ostomia até a técnica de reconstrução.

Área

COLOPROCTOLOGIA

Instituições

Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande - Paraíba - Brasil

Autores

Karolyne Ernesto Luiz Nobre, Amanda Ariel Pires Cavalcanti Zeca, Paulo Roberto da Silva Júnio, Hianny Ribeiro Cabral