Dados do Trabalho


TÍTULO

CRANIOSSINOSTOSE- GRUPOS ETÁRIOS MAIS INDICADOS PARA ABORDAGEM CIRÚRGICA

OBJETIVO

Relacionar os manejos operatórios com as idades mais indicadas para abordagem cirúrgica de acordo com os riscos decorrentes da realização de procedimento cirúrgico precoce e tardio.

MÉTODO

Trata-se de uma revisão sistemática na qual realizadou-se buscas nas plataformas LILACS, SCIELO, BVS e PUBMED. Os descritores foram: craniossinostose, anormalidades craniofaciais, cirurgia. Com estas pesquisas encontrou-se 3208 materiais, dos quais 53 foram selecionados para leitura criteriosa. Os critérios de inclusão foram materiais dos últimos 8 anos, nas línguas portuguesa, espanhola e inglesa, com grau de recomendação A e B, que apresentavam elevado nível de relevância cientifica. Foram excluídos os que não abordavam sobre craniostenose não sindrômica e que não relacionavam as técnicas cirúrgicas e características do cliente com os resultados obtidos.

RESULTADOS

Em pacientes com craniostenose o momento da abordagem operatória depende de aspectos como localização, tipo e grau de deformação da sinostose, potencial de aumento da pressão craniana, saúde geral, idade, preocupação com a repetição de cirurgia, e preferências do cirurgião.
Os protocolos que abordam o tratamento da craniossinostose recomendam que este seja realizado no primeiro ano de vida. A cirurgia costuma ser indicada antes de 1 ano, por conta da alta capacidade de reossificação, da maleabilidade craniana e do grande crescimento encefálico, o que possibilita uma melhor remodelação óssea e permite resultados estéticos satisfatórios. Ademais, quanto mais avançada a idade do cliente maior o risco de desenvolvimento de sequelas, a probabilidade da correção necessitar de múltiplas cirurgias e as chance de ocorrer manutenção de espaço morto, seroma, osteomielite, infecção e perda da área remodelada. Porém, o intervalo de meses mais adequado para realização da operação ainda é motivo de discussão.
Os tratamentos mais precoces ocorrem entre 2 e 3 meses para possibilitar o crescimento cerebral sem nenhuma resistência, geralmente são realizados quando há pouca deformidade craniana, pois são menos invasivos. Entretanto, em virtude da grande perda sanguínea relacionada a cirurgia, alguns estudos apontam maior risco nesse período, por conta da anemia fisiológica do lactente, além disso pesquisas apontam maior probabilidade de aumento da pressão intracraniana subsequente.
O período de 3 a 6 meses, apesar da anemia fisiológica do lactente, a flexibilidade óssea e o crescimento rápido do cérebro nesta faixa etária permite melhor remodelamento craniano.
Já em pacientes de 6 a 9 meses existe maturidade óssea para promover métodos distintos de remodelação óssea.

CONCLUSÕES

Com base na pesquisa realizada, conclui-se que a idade para realização do reparo cirúrgico da craniossinostose depende de vários fatores que serão analisados pelo neurocirurgião, porém, ainda assim existe um consenso que o momento ideal seria antes de completar 1 ano de vida. Sendo, geralmente mais seguro realiza-lá após o primeiro trimestre.

Área

CIRURGIA PEDIÁTRICA

Instituições

UNIVERSIDADE DE RIO VERDE - Goiás - Brasil

Autores

Taylane Kemelly Macedo Lemes, Glenia Arantes Maia, Bruna Giovanna Ramos da Cruz, Emilly Porto Rodrigues Macedo, Ermônio Ernani Estanislau Oliveira, Lara Dias Castro Cavalcante, Larissa de Assis Timpone, Rafaela Aparecida Dias de Oliveira