Dados do Trabalho


TÍTULO

ANALISE DE MORTALIDADE E INTERNAÇAO DAS CIRURGIAS PARA CORREÇAO DE DEFEITOS VALVARES MITRAIS CONGENITOS NO BRASIL NOS ULTIMOS 5 ANOS

OBJETIVO

Os defeitos cardíacos congênitos ou anomalias cardíacas congênitas ocorrem em uma proporção de 6 a 8 bebês para cada 1000 nascidos vivos. A cirurgia para correção valvar vem se destacando entre as operações cardiovasculares, observando um crescimento de 50,8% na média de operações realizadas nos anos de 1990 e 2007. Dessa forma, o estudo objetiva analisar os dados das internações e os óbitos decorrentes da correção dos defeitos valvares mitrais congênitos no Brasil.

MÉTODO

Foi realizada uma coleta observacional, descritiva e transversal dos dados disponíveis no DATASUS – Produção Hospitalar do SUS (SIH/SUS) – do mês de janeiro do ano 2014 ao mês de outubro do ano 2018 avaliando número de internações, número de óbitos, taxa de mortalidade e outros aspectos dos seguintes procedimentos: correção de estenose mitral congênita e correção de insuficiência mitral congênita.

RESULTADOS

No período analisado, foram realizados 97 procedimentos para correção mitral congênita. Deles, 22 objetivaram a correção de estenoses e 75, a correção de insuficiência. Um total de 29,3% dos procedimentos de insuficiência mitral foram realizados em crianças e adolescentes, enquanto apenas 9% das cirurgias para correção de estenose ocorreram nessa faixa etária. Os estados que realizaram o maior número de procedimentos foram São Paulo (33), Goiás (15) e Minas Gerais (14). Não houveram óbitos nos procedimentos em crianças e adolescentes, não houveram óbitos. Em adultos, houve 1 óbito relacionado a correção cirúrgica de insuficiência mitral (taxa de mortalidade de 5 a cada 1.000 procedimentos/ano), e 7 óbitos na correção de estenose mitral (taxa de mortalidade de 13,21 a cada 1.000 procedimentos/ano). A maior taxa de mortalidade entre os procedimentos ocorreu na região Centro-Oeste, na qual dos 18 procedimentos realizados, 3 geraram óbitos. A média de permanência total após os procedimentos foi de 14,1 dias de internação, maior na correção de estenose em crianças (média de 16 dias) e menor na correção de estenose em adultos (média de 12,6 dias).

CONCLUSÕES

Foi observada uma predominância nos casos de correção de insuficiência quando comparados aos de estenose, além de uma prevalência da mortalidade em adultos, apesar da menor permanência de internação nessa faixa etária. A grande maioria dos procedimentos para correção mitral congênita se concentram nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Por fim, vale ressaltar que o aperfeiçoamento da monitorização epidemiológica e melhor qualificação profissional são necessários para minimizar a mortalidade e internações por esses procedimentos.

Área

CIRURGIA TORÁCICA

Instituições

Universidade de Vassouras - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Giovanna Vidal Belo, Thaís Macêdo, Thaís Lara, Ana Cláudia Neves, Bryan Morais, Carolina de Almeida, Olliver Moraes, Ivana Picone Borges Aragão