Dados do Trabalho


TÍTULO

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DO TRATAMENTO CIRURGICO DE CISTOS PANCREATICOS NO BRASIL NOS ULTIMOS 5 ANOS

OBJETIVO

Cistos pancreáticos são uma das manifestações da neoplasia de pâncreas que costumam ser assintomáticas. Cerca de 10% dos pacientes apresentam doença ressecável, e a cirurgia, quando associada a tratamento adjuvante, possui sobrevida mediana estimada em cerca de 2 anos, e sobrevida de 20% em 5 anos.

MÉTODO

O estudo busca analisar o panorama nacional do tratamento cirúrgico de cistos pancreáticos através do número de internações e óbitos, taxa de mortalidade, média de permanência e valor total dos gastos. Coleta observacional, descritiva e transversal dos dados disponíveis no DATASUS – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) – de janeiro de 2014 a outubro de 2018, avaliando número de internações, número de óbitos, taxa de mortalidade, distribuição geográfica, média de permanência hospitalar, dentre outras informações.

RESULTADOS

No Brasil, entre o período estudado, ocorreram 985 internações para o tratamento cirúrgico de cistos pancreáticos. Dessas internações, 663 (67,30%) tiveram caráter de atendimento de urgência, sendo todos procedimentos de média complexidade, registrando 61 óbitos (6,1% dos casos). A média de permanência foi de 12,8 dias, enquanto o valor médio da internação foi de R$2.630,52. A região com o maior número de internações foi o Sudeste (44,64% das internações em território nacional), sendo notável que o estado com maior número de internações, São Paulo, superou sozinho em números todas as outras regiões, com 23% das internações em território nacional. A análise de taxa de mortalidade demonstrou que o estado com maior taxa de mortalidade foi Alagoas (30 a cada 1000 casos/ano), quase 3 vezes mais alta que o Ceará, o segundo da lista. Nesse estado, houve 10 internações e 3 mortes devido ao tratamento. Em contraposição, o estado com menor taxa de mortalidade foi Minas Gerais, com 2,11 a cada 1000 casos/ano, no qual houve 142 internações e 3 óbitos. Assim, o Sudeste foi a região com menor taxa de mortalidade (5,25), abaixo da média nacional de 6,192.

CONCLUSÕES

Portanto, no que tange os atendimentos aos cistos pancreáticos, prevaleceram-se as internações por caráter de urgência, a realização de procedimentos de média complexidade e a baixa mortalidade dentre os dados estudados. Destaca-se o Sudeste como a região com maior número de atendimentos e menor taxa de mortalidade. Desse modo, reconhecer este panorama auxilia na implementação de ações em prol da qualidade da assistência, redução dos gastos e melhoria dos tratamentos.

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

Universidade de Vassouras - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Giovanna Vidal Belo, Carolina Pereira, Thaís Macêdo, Luiza Lemos, Thaís Lara, Iara Adorno, Bryan Morais, Adriana Rodrigues Ferraz