TÍTULO

INTUSSUSCEPÇAO DE JEJUNO POR PSEUDOTUMOR INFLAMATORIO – RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

o pseudotumor inflamatório (PI), também chamado de tumor miofibroblástico ou miofibroblastoma, é uma afecção rara, benigna, caracterizado por uma massa contendo infiltrado celular inflamatório associado a áreas de fibrose e necrose, tendo poucos relatos na literatura, o que implica no seu difícil diagnóstico, associado as manifestações clínicas variadas, como febre, dor local, edema, perda de peso, astenia e outros sintomas inespecíficos. O diagnóstico definitivo se faz por meio de estudo patológico que evidenciará os tipos celulares presentes na lesão, uma vez que apenas pelo estudo radiológico não se pode diferenciar o PI de uma neoplasia maligna. O tratamento e cura ocorre apenas por processo cirúrgico. Devido a intensa fibrose, uma das complicações mais comuns é a intussuscepção, modificando o curso da doença e o quadro clinico, dificultando ainda mais o diagnóstico.

RELATO DE CASO

V.F.S, 41 anos, feminino, atendida no pronto socorro com queixa de dor abdominal tipo cólica em região epigástrica de moderada a forte intensidade que iniciou há 02 meses com piora progressiva. Nega fatores atenuantes ou agravantes. Ao exame físico de entrada apresentava-se em bom estado geral, sem nenhum achado específico, com melhora da dor após analgesia. Realizou Tomografia Computadorizada (TC) evidenciando intussuscepção associado a massa, não tendo como diferenciar de uma neoplasia. Foi submetida a procedimento cirúrgico realizando enterectomia com segmento contendo a lesão, e levada para estudo histopatológico que confirmou PI, e uma anastomose termino-lateral. Paciente evoluiu com melhora progressiva, sem nenhuma intercorrência no pós-operatório, recebendo alta sob orientações no 3º dia pós-operatório e retorno para acompanhamento.

DISCUSSÃO

O PI é uma causa rara, com pouco estudo desenvolvido dessa patologia, o que pode retardar o diagnóstico pela falta de conhecimento da doença, resultando em um mau prognóstico, justificando a importância desse estudo. Além disso, por mimetizar neoplasias malignas, e por apresentar sintomas parecidos, a única forma de diferenciá-los e de tratar ocorre por meio de exérese cirúrgica, sendo confirmado pelo estudo histopatológico. Entretanto, pelo risco de recorrência, os pacientes que foram acometidos por essa patologia devem ser acompanhados por um período prolongado.