Dados do Trabalho
TÍTULO
PE DIABETICO COMO FATOR PARA AMPUTAÇAO DE MEMBRO INFERIOR EM PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS
INTRODUÇÃO
Diabetes Mellitus (DM) é uma doença conhecida por suas complicações variadas e sistêmicas, dentre as quais uma das mais comuns é o pé diabético, caracterizado pela presença de lesões nos pés decorrentes de neuropatias periféricas, maioria dos casos 90%, doença vascular periférica e deformidades, representando uma parcela significativa de internações hospitalares prolongadas, morbidade e mortalidade. Suas ulcerações resultam em amputações de membros inferiores (MMII) que constituem complicações complexas, comuns, dispendiosas e por muitas vezes incapacitantes. A incidência de úlceras em pés diabéticos está aumentando com taxas mais elevadas que outras complicações da DM. A prevalência de úlceras nos pés é de 4-10% dos pacientes com diabetes. Cerca de 40-60% das amputações não traumáticas de MMII ocorrem nesses pacientes onde 85% são precedidas de úlceras nos pés e em 50% dos casos os pacientes morrerão dentro de 5 anos após a primeira amputação de nível maior.
DESCRIÇÃO DO VÍDEO
Entre 2011 a 2016, 102.056 cirurgias de amputação foram realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo que 70% foram em indivíduos com DM e a maior parte (94%) foi amputação de membro inferior. 89% das úlceras nos pés descritas em estudos transversais foram precipitadas por algum tipo de trauma externo, geralmente calçado inadequado ou causadores de lesão. As amputações em indivíduos portadores de DM, apresentando um risco de 15 a 46 vezes maior de ocorrência quando comparados com pacientes glicêmicos normais. Variáveis como tempo de diagnóstico e idade são considerados como fator de risco em vários estudos. A idade varia de 63,5 a 72,3 anos. A amputação está associada com importantes custos e pode ter repercussões a longo termo, tais como risco elevado para reuceração, perda da mobilidade e perda da qualidade de vida. Promover ações em saúde, visando à precaução do pé diabético poderiam evitar 44% a 85% as amputações. Um estudo de 2013 da faculdade de Pernambuco observou que 61,3% dos pacientes envolvidos referiram não ter os pés examinados na atenção básica e 55,4% não receberam orientações sobre o cuidado que deveria ter. Medidas preventivas precoces e a cicatrização de úlceras diabéticas têm sido reportadas como essenciais para a prevenção de amputações.
CONCLUSÃO
A prevalência de úlceras nos pés afeta de 4% a 10% das pessoas portadoras de diabetes. Cerca de 40% a 60% das amputações não traumáticas de MMII ocorrem nesses pacientes sendo que 85% destas são precedidas de úlceras nos pés. Uma complicação de possível prevenção, a educação em saúde pode exercer importante influencia na manifestação de um comportamento positivo para a mudança nos hábitos de vida e da aderência e cuidados ao tratamento clínico.
Área
CIRURGIA VASCULAR
Instituições
UNIRV - Goiás - Brasil
Autores
Thais Grossi Soares, Paulo Grossi Soares, Izabella Rodrigues Amorim, Adelmo Martins Rodrigues