Dados do Trabalho


TÍTULO

CARCINOMA MEDULAR DA TIROIDE ESPORADICO

INTRODUÇÃO

O carcinoma medular da tiroide (CMT) é um tumor neuroendócrino raro, formado a partir das parafoliculares. Correspondem a 3-4% das neoplasias malignas da glândula que formam a calcitonina (CT) e derivadas da crista neural, sendo que 75% correspondem a formas esporádicas. O CMT é uma neoplasia de curso vagaroso, com taxas de sobrevida dependente do estádio tumoral ao diagnóstico.

DESCRIÇÃO DO VÍDEO

O CMT esporádico é predominante no sexo feminino, surgindo em geral entre os 50-60 anos. Frequentemente manifesta-se como um nódulo único palpável nos terços médios ou superiores da tiroide. Quando diagnosticado, 70% dos pacientes apresentam metástases cervicais, 15% disfagia ou rouquidão e 10% metástases à distância, principalmente no fígado, pulmão e ossos. Ocasionalmente, podem apresentar sintomas como diarreia e rubor facial, secundários à secreção de CT aumentada, prostaglandinas, serotonina ou VIP (Peptídeo intestinal vasoativo). Contudo, não existem achados clínicos que permitam o diagnóstico certeiro. Por isso, perante a suspeita, são fundamentais exames complementares, como a punção aspirativa por agulha fina (PAAF) e dosagem sérica de CT. O tratamento para o CMT esporádico é a Tiroidectomia total (TT) com o esvaziamento cervical. Levando em conta os problemas relacionados com a repetição de uma cirurgia cervical, devem-se ressecar os compartimentos necessários durante a primeira TT, levando em conta a relação entre a frequência e o padrão das metástases ganglionares, a localização e tamanho da lesão primária, achados ecográficos e níveis de CT e CEA (Antígeno carcino-embrionário) Recentemente, foram aprovados dois inibidores da tirosina-cinase, o Vandetanib e o Cabozantinib, para tratar o CMT sintomático e agressivo. Existem também outros inibidores, porém ainda em ensaios clínicos. Estes são inibidores estáticos da doença, não possuem ação lítica ou destrutiva. Desta forma, ainda são indispensáveis mais estudos e pesquisas para entender as vias celulares implicadas na etiopatogenia desta doença e consequentemente encontrar novas terapêuticas sistêmicas dirigidas no sentido de tratar permanentemente a doença metastática.

CONCLUSÃO

O CMT, embora raro, apresenta grande morbimortalidade, principalmente em diagnóstico tardio. Assim, torna-se essencial o diagnóstico precoce e subsequente tratamento. O diagnóstico tem por base a história clínica e exames físicos, e o tratamento indicado é a Tiroidectomia total.

Área

CIRURGIA CABEÇA E PESCOÇO

Instituições

UNIRV - Goiás - Brasil

Autores

Thais Grossi Soares, Paulo Grossi Soares, Izabella Rodrigues Amorim, Adelmo Martins Rodrigues