Dados do Trabalho
TÍTULO
BIPARTIÇAO POS-GASTRECTOMIA VERTICAL EM UM PACIENTE SUPEROBESO (SO): UM RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO
Em virtude do elevado número de obesos no mundo, a Cirurgia Bariátrica surge como alternativa terapêutica eficaz e proporciona resultados prósperos em longo prazo para a obesidade. Tal intervenção cirúrgica vem sendo empregada há quase meio século. A partir de então, passaram a predominar os procedimentos que limitam a ingestão de alimentos, sejam pela simples restrição da capacidade do estômago, ou mesmo por sua divisão e anastomose ao jejuno proximal. Apresenta-se aqui um Relato de caso de Bipartição Pós-gastrectomia Vertical em um paciente superobeso (SO). (Cirurgia Revisional).
RELATO DE CASO
Foi realizada a contagem de 2 m do íleo terminal a partir da válvula ileocecal onde foi realizada a enteroanastomose em plano único com coto proximal de alça seccionada a 250 cm da válvula ileocecal. O coto distal da secção foi utilizado para realização de uma gastro-enteroanastomose na porção posterior do antro piloro. Paciente RBF, 32 anos, 230 kg, IMC 76,9 kg/m2, sem comorbidades associadas, foi submetido, em fevereiro de 2018, à cirurgia revisional, Bipartição do Trânsito Intestinal Laparoscópica (BTIL), após Gastrectomia Vertical (GV) realizada há 3 anos com reganho de peso. Recebeu alta em 48h. Paciente foi mantido em UTI por 24h, recebendo alta no 2° DPO, sem complicações. Seguiu as medidas usuais de tromboprofilaxia. Seguindo as orientações e em acompanhamento regular. Iniciou dieta padrão para cirurgia bariátrica, 15 dias de líquidos claros (30 ml de 15 em 15 min) e 15 dias de pastosos, com boa aceitação. Por fim, toda a intervenção transcorreu sem intercorrências, com tempo operatório entre 100 e 120 min.
DISCUSSÃO
Estudo descritivo de abordagem qualitativa, observacional na modalidade de Relato de Caso, realizado em hospital privado em Belém Pará no ano de 2018. Critério de inclusão: Indivíduo com diagnóstico de obesidade grau III, com IMC acima de 40 kg/m2. Critério de exclusão: Contraindicação ao procedimento bariátrico e não consentimento do paciente. Por fim, a realização da BTIL foi segura, com viabilidade técnica aceitável e sem complicações. É uma boa opção cirúrgica e pode ser empregada de forma isolada (técnica de Santoro), como no caso do paciente que foi abordado como cirurgia revisional, ou associada à GV. Sendo assim, o procedimento proposto mostrou-se seguro para a população de SO.
Área
CIRURGIA DA OBESIDADE - METABÓLICA
Instituições
CESUPA E FAMAZ - Pará - Brasil
Autores
CLAYTON ALENCAR MOREIRA, FIDERALINA AUGUSTA DA SILVA PAES, IAN PEREIRA VAZ MOREIRA, SANDRO CAVALCANTE RAIOL