Dados do Trabalho
TÍTULO
MUCOSECTOMIA ENDOSCOPICA DE POLIPOS COLORRETAIS GIGANTES: EXPERIENCIA DE CENTRO ESPECIALIZADO
OBJETIVO
Trabalho que objetiva relatar a eficácia, resultados e complicações da Mucosectomia Endocópica (EMR) em pólipos colorretais gigantes (>4cm) realizados em centro especializado.
MÉTODO
Todas Mucosectomias Endoscópicas realizadas no serviço entre 2014 a 2018 para pólipos gigantes (>4cm), sésseis ou pediculados, com seguimento mínimo de 3 meses e máximo de 12 meses com colonoscopia. Foram avaliadas taxas de ressecção em bloco x piecemeal, recorrência, AP prévio x AP pós ressecção, taxas e formas de complicações do procedimento.
Devido a indisponibilidade local de cromoscopia e magnificação de imagem, 5 lesões de aspecto macroscópico benigno, mesmo sem AP, foram submetidas à ressecção após tatuagem da margem inferior com tinta nanquim. Dessa forma lesões diagnosticadas como adenocarcinoma poderiam ser tratadas posteriormente.
RESULTADOS
Total de 20 pólipos gigantes foram ressecados em 20 pacientes, variaram entre 4-7cm (média 4,3cm). Tipo de lesão mais frequente foram Pólipos de Base Larga (45%) seguido pelos LST granulares (40%).
Local mais frequente das lesões foi o Reto (40%) seguido pelo Ceco (20%).
Todas as lesões foram ressecadas em uma única sessão. A técnica que foi predominantemente utilizado foi ressecção em Piece-meal (90%), devido à dificuldade técnica em realizar ressecção em bloco única (10%).
Das 20 lesões ressecadas, a maioria teve AP benigno (80%), sendo a grande maioria Adenoma Tubulo-Viloso (60
Quanto ao controle da hemorragia no procedimento, além de eletrocautério, em 70% dos casos foi utilizado hemoclip. Não foi utilizado endoloop por opção técnica da equipe.
Houve 1 caso (5%) de perfuração intestinal no pós-procedimento precoce, onde a paciente necessitou ser submetida à Hemicolectomia Direita para reparo da lesão.
O seguimento dos pacientes foi realizado com Colonoscopia aos 3, 6 e 12 meses. Quanto às recidivas, observou-se uma taxa de recidiva global de 30% (6/20 casos com seguimento). O caso em que houve perfuração durante o procedimento não foi possível realizar o seguimento. Dentre os 6 pacientes que apresentaram recidiva, 84% (5) deles foram diagnosticados já com 3 meses de seguimento. Provável justificativa para a precocidade das recidivas é a ressecção incompleta das lesões durante o procedimento que em 90% das vezes foi realizado pela técnica de piecemeal, na qual apresenta maior taxa de ressecções incompletas quando comparada à ressecção em bloco.
CONCLUSÕES
EMR é um procedimento com eficácia satisfatória e baixa taxa de complicações para a ressecção de pólipos colônicos com tamanho maior que 4 cm. O seguimento deve ser feito com controle colonoscópico precoce, visto o padrão de recidiva precoce das lesões pelo método. EMR pode ser utilizado como terapia única para a maioria das lesões colorretais gigantes, visto que as lesões primárias e suas recidivas podem ser adequadamente tratadas apenas pelo método.
Área
COLOPROCTOLOGIA
Instituições
HOSPITAL REGIONAL DE PRESIDENTE PRUDENTE - São Paulo - Brasil
Autores
ANDRE ANTONIO ABISSAMRA, GIOVANI GUSTAVO DE SOUZA AVANSINI, MATHEUS CARPENEDO FRARE, THIAGO MAICON MATOS DE OLIVEIRA RODRIGUES, FLAVIO MESQUITA SAMPAIO GIOVANNINI, ROSSINI FERNANDES LYRIA, MARCEL DEPIERI ANDRADE, ADRIELLE ANDRADE PUGAS