TÍTULO

ESTUDO SISTEMATICO DOS ENXERTOS NA RINOPLASTIA

OBJETIVO

Descrever os tipos de excertos utilizados na rinoplastia de forma sistemática.

MÉTODO

Revisão bibliográfica por um estudo exploratório baseado em quinze artigos científicos sobre enxertos na rinoplastia, disponíveis online em textos completos nas línguas portuguesas e inglesas. Tais artigos foram acessados nas bases de dados Scielo no período de 2000 a 2015. Descritores: rinoplastia, enxerto.

RESULTADOS

A rinoplastia é uma operação para remodelamento nasal, com uso frequente de material de inclusão para dar acabamento nasal. Tais materiais podem ser classificados como enxertos e implantes. Os excertos podem ser autógenos ou alógenos. Os primeiros são advindos do próprio paciente como a cartilagem, osso, fáscia e derme, por exemplo; sendo o mais utilizado devido a alta biocompatibilidade e baixo risco de infecção e extrusão. Já os segundos são advindos de doadores de mesma espécie como cartilagem irradiada e derme acelular. Os implantes são sintéticos biocompatívies como o silicone, politetrafluoretileno e o polimetilmetacrilato. Dos mais utilizados na prática cirúrgica, excertos autógenos, a cartilagem destaca-se por suas propriedades físicas e fácil obtenção. O septo é a principal área doadora cartilaginosa por ser forte e retilínea. As costelas possui uma extensa cartilagem, permitindo moldar enxertos longos, retilíneos e espessos; entretanto, há incisão no tórax, aumentando a morbidade e dor no pós-operatório; além de precisarem ser bem fixados para não entortarem com o tempo. Já a cartilagem auricular possui fácil acesso e baixa morbidade; porém, limita-se por não ter excertos retilíneos. Os excertos podem ser utilizados em monoblocos ou fragmentados - esmagados ou picados - sendo estes revestidos ou não por uma contenção (surgicel,fascia temporal, etc); cuja finalidade é melhorar o acabamento sob a pele fina da raiz, do dorso e da ponta nasal. Os monoblocos apresentam maior resistência, menor estresse mecânico e menor reabsorção. Os excertos esmagados sofre mais fibrose e absorção devido ao dano na matriz cartilaginosa. Já os picados conservam a matriz cartilaginosa, mantendo seu volume a longo prazo, com uma alta versatilidade e eficiência no acabamento do contorno nasal. Entretanto, os enxertos fragmentados podem ser perceptíveis após cicatrização principalmente na raiz e no dorso nasal. Dessa forma, institui-se enxertos em forma de gravetos para deixar menos perceptível ou palpável, deixando um contorno mais uniforme ao longo do dorso nasal; além de sofrer menor absorção devido a integridade da sua matriz cartilaginosa.

CONCLUSÕES

Apesar da gama de variações dos tipos de enxertos utilizados na rinoplastia, com suas propriedades viáveis e inviáveis, o material apropriado dependerá das suas características e da necessidade da cirurgia para se adequar perfeitamente ao remodelamento nasal do paciente.