Dados do Trabalho


TÍTULO

NECROSE DE DELGADO POR APENDICITE AGUDA SUPURADA

INTRODUÇÃO

A apendicite aguda é a principal causa de abdome agudo cirúrgico no mundo, prevalência de aproximadamente 7% na população. O pico é 10-14 anos no sexo feminino e 15-19 anos no sexo masculino. A hiperplasia linfoide é mais em menores de 20 anos o fecalito é mais em idosos(LIMA, et al, 2016).
A Fase perfurativa apresenta dissolução ou rotura da parede do apêndice em consequência de necrose isquêmica, podendo associar-se a abscesso ou peritonite difusa(DE SOUZA LIMA, 2012). Um estudo mostrou que a taxa de perfuração na apendicite foi de 16%. Os fatores que contribuíram foi: erro diagnóstico na abordagem inicial do paciente, atraso na internação e uso de analgésicos(IAMARINO, et al, 2017).
A formação do plastrão demonstra que a infecção do apêndice foi bloqueada por processo inflamatório intenso ou perfuração, englobando alças intestinais, mesentério e omento maior(DE SOUZA et al, 2016).

RELATO DE CASO

Paciente R.S.S, 18 anos, masculino, estudante, solteiro, sem historia de comorbidades e cirurgias previas, encaminhado de outro serviço deu entrada no hospital de referencia de Araguaína- TO com historia de dor abdominal difusa, intensa, tipo cólica, com parada de eliminação de fezes e flatos e com palpação abdominal prejudicada por defesa de parede e hipertimpanismo.
Os exames laboratoriais apresentavam: leucócitos de 15.900mm³ com desvio a esquerda (neutrófilos 13.356mm³), hipomagnesemia, normoglicêmia e cloro, amilase, lipase, ureia, sódio, potássio, creatinina, tempo de sangramento e de coagulação normais. TAP em 73%. Gasometria arterial com acidose metabólica e alcalose respiratória. RRAA: distensão e edema de alças de delgado, com sinal de empilhamento de moeda e níveis hidroaéreos em sinal do J e U invertido. Sob diagnostico de abdome agudo obstrutivo o paciente foi encaminhado ao centro cirúrgico, onde realizou-se LE com evidencia de bloqueio de alças de delgado em FID, após liberação das alças foi identificado apendicite aguda com perfuração, presença de fecalito e necrose em intestino delgado á 130cm da valva ileocecal. Realizou-se apendicectomia com ressecção em cunha de delgado e enterorrafia em dois planos, com colocação do dreno de penrose. Paciente cursou com melhora clinica, recebeu alta no 6º DPO sem queixas, em bom estado geral.

DISCUSSÃO

O apêndice perfurado torna-se intensamente bloqueado por epíplon, com alças de delgado próximas e peritônio parietal, o contato direto das alças de delgado com o apêndice supurado por uma piogênia centrífuga; pode causar necrose de alças adjacentes.

Área

INTESTINO DELGADO

Instituições

UNITPAC - Tocantins - Brasil

Autores

Juliane Lopes Nascimento, João Victor Pereira Gomes, Rogério Rodrigues Veloso, Andressa Borges Brito, Edilson Jorge Borba S. Junior, João Antonio A. M. Batista, Renata Gama Lino, Camila Fecury Cerqueira