Dados do Trabalho
TÍTULO
RETOSSIGMOIDECTOMIA PARA CORREÇAO DE FISTULA RETO-VAGINAL PROVENIENTE DE UMA DIVERTICULITE AGUDA COMPLICADA
INTRODUÇÃO
A doença diverticular dos cólons constitui importante problema de Saúde Pública devido sua alta prevalência, sobretudo nas civilizações ocidentais. A doença diverticular pode ocorrer em todo o cólon, porém a região mais habitualmente atingida é o sigmoide e raramente há doença abaixo da reflexão peritoneal. Estima-se que 30% da população com mais de 60 anos e 60% dos indivíduos com mais de 80 anos sejam afetados. Quando há a formação de fístula (para bexiga, vagina, útero, parede abdominal e outros segmentos do intestino), o tratamento é cirúrgico, pois há poucas chances de que a fístula feche espontaneamente. A maioria das literaturas mostra que as fístulas ocorrem em 2% das pessoas com doença diverticular complicada, devido a um processo inflamatório local associado com um abcesso que descomprime perfura espontaneamente a víscera adjacente.
RELATO DE CASO
M.L.C.S, 72 anos, feminino, hipertensa de longa data, admitida no Hospital Regional de Araguaína (HRA) após ser avaliada pela ginecologia com evidências de eliminação de fezes pela vagina de inicio há 6 meses. Há +/- um ano atrás teve episódios de sangramento vaginal com fezes e febre. Na tomografia computadorizada (TC) apresentou o diagnóstico de doença diverticular dos colóns com predomínio no sigmoide visualizou-se discreta densificação de gordura e linfonodos aumentados locorregionais, também mostraram achados de íntimo contato da parede do reto com o canal vaginal observando-se um trajeto fistuloso não foi visto massa evidente de processo neoplásico na topografia. Foi indicado procedimento cirúrgico onde foi realizada retossigmoidectomia + anastomose termino terminal (coto-retal). Realizou-se uma incisão mediana supra e infraumbilical onde foi identificada a fístula da cúpula vaginal com o reto superior, procedendo com liberação da fístula, rafia da cúpula vaginal e ligadura do mesosigmoide sendo feita a remoção e exerese do sigmoide e anastomose coloretal com um grampeador circular. Posteriormente no 12º dia pós-operatório (DPO) o paciente evoluiu com evisceração através da ferida operatória (FO), realizou-se uma ressutura da parede abdominal. No 12º DPO desta cirurgia a FO do paciente mostra-se com presença de tecido de granulação, deiscência da sutura realizando-se sutura da parede abdominal, posteriormente a paciente não apresentava mais queixas e intercorrências recebendo alta hospitalar.
DISCUSSÃO
A cirurgia eletiva é mandatória após diverticulite complicada que evolui com fistula. O acesso por laparotomia exploradora pode ser utilizado por uma equipe treinada e experiente para que não haja recidivas. O procedimento cirúrgico para o tratamento da diverticulite tem como finalidade remover a parede do cólon afetada e restituir a continuidade intestinal do paciente, apesar de que ainda hoje não exista muito estudo sobre a melhor abordagem terapêutica.
Área
COLOPROCTOLOGIA
Instituições
UNITPAC - Tocantins - Brasil
Autores
Rogério Rodrigues Veloso, Dórica Pereira Martins , Tássylla Caroline Ferreira Pereira, Camila Fecury Cerqueira, Kamila Adriana Dias Silva, Andressa Borges Brito, Renata Gama Lino, Paulo Henrique Dias Moraes